Uniqlo processa Shein por suposta cópia de popular bolsa de ombro

A Fast Retailing afirmou em um comunicado que a varejista chinesa deve interromper imediatamente a venda de "produtos de imitação" e compensar pelos danos

Shein

A varejista de vestuário Uniqlo, que faz parte da Fast Reiling Co., entrou com uma ação no Japão acusando a chinesa Shein de comercializar um item com características semelhantes à bolsa de ombro Round Mini.

A Fast Retailing afirmou em um comunicado divulgado nesta terça-feira, 16, que as entidades que operam a marca Shein devem interromper imediatamente a venda de “produtos de imitação” e compensar pelos danos.

A bolsa, vendida por cerca de 1.500 ienes (R$ 49,50) no Japão, tornou-se um sucesso global, com a Uniqlo alertando consumidores sobre falsificações e produtos similares sendo vendidos online.

Com a ação, a Fast Retailing se junta à rival Hennes & Mauritz AB ao processar a Shein por violação de direitos autorais em Hong Kong, onde o litígio visando mitigar a ameaça representada pela rival chinesa stá em andamento desde 2021.

A Uniqlo entrou com ação contra a Roadget Business Pte, Fashion Choice Pte. e Shein Japan Co. em 28 de dezembro no Tribunal Distrital de Tóquio.

“A empresa entrou com essa reclamação porque determinou que a forma dos produtos de imitação vendidos pela Shein se assemelha de perto à de seu próprio produto”, disse a Fast Retailing no comunicado.

“A venda dos produtos de imitação pela Shein prejudica significativamente o alto nível de confiança dos clientes na qualidade da marca Uniqlo e de seus produtos”, completa.

Expansão

A plataforma de e-commerce Shein chegou a 336 fornecedores parceiros, seguindo sua estratégia de fechar acordo com 2 mil fabricantes locais até 2026 para atender o mercado brasileiro.

Em maio, em resposta às críticas de concorrentes nacionais à importação de produtos sem pagamento do Imposto de Importação e ao plano depois abandonado pelo governo de taxar as remessas internacionais de produtos abaixo de US$ 50, a empresa fundada em 2012 pelo chinês Chris Xu assumiu o compromisso de comercializar artigos feitos no Brasil.

A operação prevê investimento de R$ 750 milhões.

Imagem: Shutterstock

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