Crise das Lojas Americanas representa cenário de riscos para fornecedores de produtos

Companhia tem uma dívida total de R$ 43 bilhões, dos quais aproximadamente R$ 875 milhões são para micro, pequenas e médias empresas brasileiras

Americanas

O endividamento das Lojas Americanas, que estima dívida total de R$ 43 bilhões e está em processo de recuperação judicial, representa um cenário complicado e de riscos para os fornecedores de produtos e indústria.

A consultoria Kantar publicou um estudo sobre os efeitos da crise da varejista e como ela afeta marcas, categorias e varejistas brasileiros. A companhia tem uma dívida total de R$ 43 bilhões, dos quais aproximadamente R$ 875 milhões são para micro, pequenas e médias empresas brasileiras.

“Para minimizar os impactos, é importante entender quem é esse consumidor das Lojas Americanas, seu comportamento de compra e onde mais esse consumidor realiza suas compras”, afirma Rafael Kröger Couto, diretor de Análises Avançadas da Kantar.

Impacto em produtos de higiene e beleza

Nos últimos 12 meses, cerca de 20 milhões de lares brasileiros compraram nas Lojas Americanas. O número reforça a importância da empresa para os consumidores e representa um crescimento de 13% na base de compradores em relação ao intervalo anterior.

Algumas cestas de produtos e categorias devem ser mais impactadas por essa situação. O estudo da Kantar indica que a recuperação judicial deve afetar bastante a cesta de higiene e beleza, que é 41% mais relevante em valor nas Lojas Americanas do que na média do mercado.

A varejista também desponta entre os consumidores nas categorias de indulgências, visto que 26% dos lares compram snacks, biscoitos e chocolates em suas lojas físicas ou online. Já na Páscoa, ela representa 11% do volume vendido em chocolates no Brasil.

“Importante entender quais outros canais poderiam absorver essa demanda das Lojas Americanas. Por exemplo, para o consumidor das Lojas Americanas, o canal Super de Rede (grandes redes de supermercados) é 15% mais representativo em valor do que para a média do mercado”, completa Couto.

Imagem: Shutterstock

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