A presidente do México, Claudia Sheinbaum, voltou a contestar o Google nesta segunda-feira, 17, durante a entrevista coletiva diária Mañanera, afirmando que a plataforma não tem o direito de renomear o Golfo de México como Golfo da América. Segundo Sheinbaum, a empresa precisa respeitar os limites territoriais reconhecidos internacionalmente e restringir essa nomenclatura apenas à plataforma continental dos Estados Unidos, conforme estabelecido pelo decreto do presidente Donald Trump.
“Como não concordamos com isso, o Dr. Ramón de la Fuente enviou uma nova carta. Em sua resposta à sua carta de 10 de fevereiro de 2025. A ordem executiva 1.417, assinada pelo presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro, refere-se exclusivamente a uma porção delimitada do Golfo do México e que a carta diz para tomar todas as medidas apropriadas para renomear o Golfo da América. É a área da plataforma continental dos Estados Unidos”, declarou Sheinbaum.
A presidente reiterou que a decisão unilateral de modificar a nomenclatura não tem respaldo legal e que o México não aceitará qualquer tentativa de renomeação que afete sua soberania. “Em nenhuma circunstância o México aceita que qualquer área geográfica seja renomeada, o que inclui parte do seu território nacional e que está sob a sua jurisdição”, afirmou.
Sheinbaum afirmou que o México aguarda uma resposta oficial do Google, mas advertiu que, caso a empresa não corrija a denominação, o governo tomará medidas judiciais. “Então, teremos a resposta do Google, se não avançarmos na Justiça”, declarou, deixando claro que o país está disposto a recorrer à Justiça para garantir que a nomenclatura do Golfo de México permaneça inalterada nos mapas digitais.
Com informações de Estadão Conteúdo (Mateus Cerqueira)
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