Para equipar seus lares durante a pandemia, os consumidores reduziram os intervalos de compra de eletroeletrônicos. Os sites e aplicativos foram utilizados por 74,4% para aquisição desses itens. Os dados fazem parte da nova edição do Estudo Varejo Eletro, da CVA Solutions, empresa de pesquisa, consultoria e análise de mercado, sobre as tendências importantes no comportamento do consumidor brasileiro de eletroeletrônicos. A pesquisa contou com a participação de 4.035 consumidores de todo o País.
“O varejo eletro é o tipo de segmento que teve a maior aceleração digital. Nesse setor, o e-commerce é muito importante. E, diante da pandemia e do home office, as pessoas fizeram mais compras de eletroeletrônicos e usaram a internet em um tempo médio entre as compras inferior a seis meses. Em 2017, data da última pesquisa realizada para este segmento, o intervalo era de quase oito meses”, compara Sandro Cimatti, sócio-diretor da CVA Solutions.
Ainda de acordo com o trabalho, os sites mais usados pelos consumidores foram os das Lojas Americanas, Magazine Luiza, Mercado Livre, Casas Bahia, Amazon e Submarino. No Magazine Luiza, 62,8% dos consumidores das lojas físicas também compram em seu site. É o maior índice do tipo dentre as cadeias de varejo brasileiras. No Carrefour, a relação cai para 29,2%, a menor dentre as empresas pesquisadas.
Consumidor digital
“O consumidor está muito mais digital. Se você não o abordar de forma digital, seu concorrente o fará (…). Publicidade, promoções e e-mail marketing são muito importantes para atrair o cliente. Dos compradores do Magazine Luiza, 88% disseram terem visto alguma comunicação da marca. Já na Kalunga, apenas 48% de seus compradores viram alguma comunicação da marca. Quanto mais comunicação das promoções, maiores serão as vendas”, frisa Sandro Cimatti.
Para o especialista, os varejistas devem aumentar o mix, apostando sobretudo em pequenos eletrodomésticos e celulares. Isso ajudaria a aumentar a frequência dos consumidores nas lojas e sites, consolidando o relacionamento, a fidelização e as vendas.
O cartão de crédito é a forma mais usada de pagamento, com 56,6% de participação. Em queda, o carnê das lojas ainda é usado por 10,2% das pessoas, principalmente em pontos físicos do interior.
Foram citados na pesquisa mais de 46 nomes de lojas de varejo. Entre elas: Angeloni, Becker, Bemol, Big, Bompreço, Carrefour, Casa & Vídeo, Casas Bahia, Extra, Fast Shop, Gazin, Havan, Kalunga, Lojas Americanas, Lojas Cem, Lojas Colombo, Magazine Luiza, Ponto Frio, Ricardo Eletro, Submarino, Mercado Livre, Amazon e outras.
Magazine Luiza na frente
O Magazine Luiza é o grande destaque em várias questões da pesquisa. Sua força da marca saltou de 6,2% (em 2017) para 24,3%, consolidando sua posição de liderança. É também a loja principal (onde o consumidor mais compra) para 24,7% dos entrevistados.
As Lojas Americanas aparecem na segunda colocação em Força da Marca, e as Casas Bahia vêm em terceiro.
A Gazin conquistou novamente a primeira colocação em Valor Percebido (custo-benefício percebido pelos clientes), com 1,03, seguido por Magazine Luiza, Lojas Cem e Havan.
Na questão de recomendação da loja a um conhecido (o NPS ou Net Promotions Score), a Lojas Cem ficou em primeiro lugar, com 81%, seguida por Havan e Magazine Luiza.
Na questão Índex de Preços, o consumidor considera que os melhores preços na sua região são os das Lojas Americanas, Gazin e Magazine Luiza.
Ranking 2021: Valor Percebido e Força da Marca
Valor Percebido (custo-benefício percebido):
- Gazin
- Magazine Luiza
- Lojas Cem
- Havan
- Bom Preço
- Ponto Frio
- Bemol
- Fast Shop
- Lojas Americanas
- Casas Bahia.
Força da Marca (% de Melhor loja – % Pior loja):
- Magazine Luiza
- Lojas Americanas
- Casas Bahia
- Fast Shop
- Bemol
- Kalunga
- Ponto Frio
- Angeloni
- Lojas Cem
- Gazin.
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