Empresas digitalmente nativas reinventam o varejo físico mundial

Os dias de varejo puro estão no espelho retrovisor de marcas digitalmente nativas. Nos próximos cinco anos, o crescente grupo de marcas com espaço físico poderão abrir até 850 lojas, de acordo com artigo publicado na Retail Dive, em outubro de 2018, porém com um propósito muito diferente das lojas tradicionais.

Algumas marcas digitais estão remodelando a função das lojas físicas e essa tendência não deve demorar para chegar no Brasil. Para empresas como Casper, MM.LaFleur e Indochino, esses espaços fazem parte de uma estratégia muito maior, muitas vezes utilizadas como ferramentas educacionais. Esse novo posicionamento foi apresentado pelos executivos de ambas as marcas, durante a conferência Future Stores Miami 2019.

Apesar da certeza de novas unidades, as marcas são muito mais cautelosas do que diz respeito às inaugurações, principalmente se comparado a estratégia dos anos 90/2000. A Casper está programando a abertura de 200 lojas na América do Norte, porém levou dois anos entre o planejamento e a primeira inauguração, relatou o Diretor de Design Ambiental – Pete Trentacoste, durante uma conferência em 2019.

Durante esse período, a equipe de Trentacoste aplicou diversas pesquisas – algumas em tempo real, e analisou dados de usuários que ajudaram a orientar as equipes sobre a aparência e organização da loja. Isso porque ele acredita que a consistência em um modelo de loja é o que permite a escala em um ritmo rápido, conforme o plano estabelecido pela marca.

Isso não quer dizer que todas as lojas Casper sejam iguais e essa é uma das principais característica desse grupo digitalmente nativo. As lojas são adaptadas em pequenos aspectos com base em locais, listas de reprodução de música, animais de estimação e qualquer outro elemento rastreável do perfil do consumidor.

Uma função bastante difundida entre essas marcas é a loja física como estratégia de educação sobre os produtos ofertados. Com isso, cria-se uma relação de confiança entre consumidor e marca para a compra de itens caros, de forma on-line.

“É o que chamamos de ciência lúdica, inspirado em museus de ciência, onde ensinamos sobre os nossos produtos de maneira muito lúdica”, explica Trentacoste. “Ao fazer isso, o consumidor baixa a guarda e passa a se interessar pelo nosso produto”, completa.

As experiências interativas atendem a diferentes necessidades de diferentes categorias e informações demográficas, mas a linha mais utilizada pelas marcas digitais é a da inspiração e educação.

A Bárions Produções, empresa de desenvolvimento de peças e materiais para ponto de venda, sabe muito bem como atender a essa nova demanda de trade marketing e se posiciona como a única empresa brasileira verdadeiramente one-stop-shop do segmento.

Em parceria com a Ioupie – lavanderia inteligente, positivou o primeiro móvel da marca, ainda em agosto, com a promessa de atingir 10 pontos até o final do ano de 2020.

Novas tendências, para todos os modelos de negócios

A Nike, embora tradicionalmente offline e de qualidade amplamente reconhecida, utiliza muito bem essa tendência de espaços físicos educativos. O showroom, desenvolvido exclusivamente para revendedores, é um bom exemplo de como criar relacionamento a partir da ciência lúdica.

A comunicação do espaço é atualizada com a mesma frequência de suas coleções e lançamentos, criando ambientes especialmente projetados para educar os parceiros sobre as novas tecnologias aplicadas aos produtos. As lojas (para consumidor final), apesar de menos agressivas, utilizam displays e expositores que parecem ter saído de dentro dos mesmos laboratórios que produzem as tecnologias, facilitando ainda mais o processo de decisão de compra, como os últimos displays de acrílico fabricados pela Bárions.

Seguindo a mesma tendência de exposição educativa de produtos, a Bárions Produções desenvolveu expositores especiais para o showroom da Etna.

Móveis disponíveis para compra on-line, com condições diferenciadas, foram sinalizados e destacados por todo o espaço da loja, a fim de incentivar a experimentação e facilitar a decisão de compra.

Tecnologia e o Ponto de Venda

O que não há dúvidas é que, independente do tipo de empresa, a tecnologia nem sempre precisa estar presente. A MM.LaFleur, por exemplo, identificou que suas compradoras não querem perder tempo visitando várias lojas ou procurando os modelos de roupas que mais se adequam a seu perfil. E, principalmente, que um monte de telas e tecnologias expelem a clientela.

Então, qual é o grande atrativo da marca?

Lojas clean, decoradas como o closet de uma casa, com conforto e aconchego. Atendimento com hora marcada, sem fila ou espera e nada de ter que procurar roupas em um punhado de araras. O clinte irá receber sugestões de peças de acordo com o tamanho, estilo e finalidade de compra, para ir direto ao ponto. E ainda pode solicitar ajuda de uma vendedora / consultora de moda para trocar ideias e opiniões.

E é nesta ambientação que empresas de cenografia para ponto de venda como a Bárions Produções entra em jogo: desde o tapete, passando pelo display de mesa até as cortinas e adesivação / decoração das paredes são produzidas sob medida.

As empresas digitalmente nativas estão reinventando as lojas físicas e as tradicionais offline não perdem tempo e pegam carona nesse novo modelo. É imprescindível, portanto, contar com empresas especializadas em cenografia, ambientação e desenvolvimento de peças para PDV como a Bárions Produções de forma a atingir os resultados esperados, contribuindo para a escala crescente do varejo online.

Com informações do portal Terra.
* Imagem reprodução

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