Guedes: Declaração sobre França foi referência a um caso de três anos atrás

O ministro também voltou a comentar que se envolveu em uma discussão com um ministro francês que criticou as queimadas das florestas brasileiras

Guedes

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista coletiva.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar nesta quarta-feira, 17, que há chance de o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia ser assinado ainda no segundo semestre. Segundo ele, a credibilidade do Brasil no exterior “é muito boa”. As declarações foram feitas durante o Tag Summit 2022.

Guedes também voltou a comentar que se envolveu em uma discussão com um ministro francês que criticou as queimadas das florestas brasileiras.

“A declaração sobre França foi referência a um caso de três anos atrás. Saiu como se eu estivesse xingando a França”, disse.

Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Guedes afirmou na semana passada a uma plateia de empresários em Brasília, que a França era irrelevante para o Brasil. O ministro disse, conforme mostrou o Broadcast, que iria “ligar o f…-se” para os franceses.

O ministro também afirmou que o governo Jair Bolsonaro é culpado por todos os problemas que acontecem no Brasil, mesmo em casos que não dizem respeito ao governo.

“Estamos em batalha difícil, de valores e princípios, mas convencidos de que Brasil está em posição boa”, disse.

Carteira Verde e Amarela

O ministro reafirmou durante fórum da TAG Investimentos que a agenda de privatizações é fundamental para o direcionamento de recursos para projetos sociais. Como exemplo, Guedes disse que os recursos da venda de estatais podem ser revertidos, em parte, para um fundo de erradicação de pobreza. “Quando oposição falar que estamos vendendo o patrimônio do País, vamos responder que estamos devolvendo isso à população”, disse.

Sobre uma das privatizações do governo, a Eletrobras, o ministro apontou que a empresa vai entrar na produção de energia eólica e que o Brasil deve alcançar 10% do fornecimento global desta origem.

Diante do potencial brasileiro, Guedes considera que as empresas europeias do setor estão com interesse crescente no País. O ministro falou do assunto ao comentar sobre o conflito entre Rússia e Ocidente por conta do fornecimento de energia.

Questionado sobre a experiência à frente do ministério, Guedes comentou que o período foi de crescimento pessoal e o fez ser mais humilde. “Era um pouco arrogante a respeito do meu conhecimento, e fiquei com dez centímetros quando surgiu a covid”, disse.

América Latina

Segundo Guedes, a América Latina está “desmanchando” com as eleições de presidentes de esquerda. “A Argentina está no caminho da Venezuela, no caminho da miséria”, afirmou. O ministro usou esse exemplo para afirmar que acredita que o governo está promovendo uma transformação, chamada por ele de caminho da prosperidade.

Guedes ainda declarou que o governo precisou abandonar as reformas durante a pandemia, mas retomará o projeto se o presidente Jair Bolsonaro (PL) for reeleito.

“Se a gente tivesse conseguido somente levantar o Brasil após a pandemia já seria satisfatório. Hoje está todo mundo tranquilo, saímos do inferno. Fizemos várias reformas constitucionais que nos ajudam a combater futuras crises. Temos mecanismos para enfrentar outras pandemias. Com previsão de trava de gastos, nenhuma crise fiscal dura mais de um ano e meio”, disse.

O ministro também voltou a prever que a recuperação da economia será maior do que a esperada e a taxa de desemprego chegará a 8% no fim do ano.

Com informações de Estadão Contéudo: (Antonio Temóteo, Aramis Merki II e Eduardo Laguna)

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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