A carteira de crédito da Caixa Econômica Federal (CEF) encerrou o segundo trimestre deste ano em R$ 1,062 trilhão, de acordo com a nota divulgada nesta quarta-feira, 16, com parte dos resultados do banco no período. O volume é 14,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Na carteira de maior peso, a de habitação, o banco público cresceu 15,0% em 12 meses, chegando a um saldo de R$ 682,8 bilhões, em resultado que inclui subsídios e Construcard. No segmento, foram R$ 85,4 bilhões em contratações no primeiro semestre deste ano, alta de 14,0% em relação ao mesmo período do ano passado.
Com recursos do FGTS foram emprestados R$ 44,4 bilhões no período, crescimento de 51,8% no mesmo período, incluindo subsídios.A participação nesse mercado chegou a 67,5% no fim de junho.
A carteira para o agronegócio, por sua vez, teve aumento de 60,5% em um ano, para R$ 49,4 bilhões. No crédito comercial, o saldo foi de R$ 86,6 bilhões no primeiro semestre, em linha com o mesmo período do ano passado, disse o banco.
No final de junho, a captação total da Caixa somava R$ 1,273 trilhão no fim do primeiro semestre, de acordo com o banco, um aumento de 15,4% em relação ao período de janeiro a junho do ano passado.
O índice de Basileia da Caixa, que mede a solidez do banco frente aos compromissos de crédito, era de 16,6% no segundo trimestre, baixa de 2 pontos porcentuais em um ano. O índice mínimo exigido dos bancos brasileiros é de 11,5%.
Inadimplência
No segundo trimestre deste ano, a inadimplência da carteira de crédito da Caixa Econômica Federal (CEF) foi de 2,79% pelo critério de atrasos acima de 90 dias. É um crescimento de 0,9 ponto porcentual em relação ao mesmo período do ano passado.
Em release de resultados, o banco público afirma que o indicador foi impactado por um caso específico, sem detalhá-lo. Sem este impacto, a inadimplência da carteira da Caixa seria de 2,46%.
No final de junho, a Caixa possuía índice de cobertura de 169,9%, o que indicava que a cada R$ 1 em atraso, tinha R$ 1,69 separados. O banco não detalha, no material divulgado, o provisionamento total ou as despesas líquidas com provisões no trimestre.
Segundo a Caixa, a carteira de crédito tinha garantias reais de R$ 1,6 trilhão no final do trimestre. Líder em crédito imobiliário, a Caixa tem um alto volume de garantias no segmento.
Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana e Thaís Barcellos)
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