O nível de confiança do consumidor brasileiro com a economia e com as próprias condições financeiras apresentou leve crescimento de 2,14% na passagem de setembro para outubro, passando de 41,3 pontos para 42,1 pontos, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), sendo que a escala do indicador varia de zero a 100 – quanto mais próximo de 100, mais otimistas estão os consumidores. Na comparação com janeiro de 2017, início da série histórica, o crescimento também foi moderado, uma vez que ele se encontrava em 41,9 pontos naquele mês.
Oito em cada dez brasileiros acreditam que a economia está mal
De acordo com o levantamento, 83% dos consumidores avaliam negativamente as condições atuais da economia brasileira. Para 14%, o desempenho é regular e para apenas 2% o cenário é positivo.
Entre aqueles que avaliam o clima econômico como ruim, a principal explicação é o desemprego elevado, citado por 42% dos entrevistados. Mesmo em queda, a inflação é causa principal da percepção negativa da economia para 30% dos consumidores, enquanto 13% citam os altos juros.
Já quando se trata de responder sobre a própria vida financeira, o número de consumidores insatisfeitos é menor do que quando se avalia a economia do Brasil como um todo, mas ainda assim é elevado.
De acordo com a sondagem, 41% dos brasileiros consideram a atual situação financeira como ruim ou péssima. Outros 47% consideram regular e um percentual menor, de apenas 11%, avalia como boa. Dentre os entrevistados que exercem alguma atividade remunerada (57%), 27% consideram média ou alta a probabilidade de serem demitidos. Para 31%, o risco é baixo.
Orçamento apertado e dificuldade de pagar as contas são as principais razões para considerar a vida financeira ruim segundo 43% desses consumidores. Os entrevistados mencionam também o desemprego (32%), a queda da renda familiar (16%) e o fato de terem lidado com algum imprevisto que desorganizou as finanças (4%).
Outro dado de destaque é que, considerando a parcela minoritária de consumidores que enxergam a sua vida financeira de forma positiva, 70% atribuem esse fato ao controle que fazem do seu orçamento.
A sondagem também procurou saber o que os brasileiros esperam do futuro da economia do Brasil para os próximos seis meses e descobriu que 37% estão declaradamente pessimistas. Quando essa avaliação se restringe a vida financeira, no entanto, o volume de pessimistas cai para apenas 10%. Os otimistas com a economia são apenas 18% da amostra, ao passo que para a vida financeira, o percentual sobe para 58% dos entrevistados.