BNDES tem lucro contábil de R$ 4,9 bi no 3º trimestre, puxado por dividendos da Petrobras

Baixa inadimplência no banco se repetiu no terceiro trimestre do ano, ficando estável em 0,01%,

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro contábil de R$ 4,9 bilhões, impulsionado pelo pagamento de dividendos da Petrobras. Alexandre Abreu, diretor do BNDES, informou que a baixa inadimplência no banco se repetiu no terceiro trimestre do ano, ficando estável em 0,01%, mesmo porcentual de 30 de junho, e inferior aos 0,13% em 31 de dezembro de 2022.

O Índice de Basileia manteve-se em situação confortável, segundo Abreu, registrando 34,4% em junho de 2023, acima dos 10,5% exigidos pelo Banco Central.

Em relação ao Retorno sobre o Patrimônio (ROE), o diretor informou que no terceiro trimestre houve uma alta de 0,8 pontos porcentuais, indo para 8,7%.

“O banco aumentou o resultado recorrente na atividade principal, que é o crédito”, disse Abreu durante apresentação do resultado do BNDES no terceiro trimestre em São Paulo.

O executivo destacou ainda, que o patrimônio líquido subiu 12,7% entre dezembro de 2022 e setembro de 2023, para R$ 148 bilhões, e a carteira de participações teve valorização de 14% no acumulado dos primeiros nove meses do ano.

1º trimestre

No 1º trimestre, o BNDES teve lucro líquido recorrente de R$ 1,7 bilhão. Esse lucro é calculado desconsiderando eventos extraordinários, como resultado com alienações de ativos, provisão para risco de crédito e receitas com dividendos e Juros Sobre Capital Próprio (JCP).

No mesmo período do ano passado, o valor registrado foi de R$ 2,3 bilhões. O recuo decorreu principalmente do menor saldo médio de Tesouraria — em virtude, principalmente, de liquidações antecipadas de dívidas junto ao Tesouro Nacional feitas no último trimestre de 2022.

O lucro líquido no primeiro trimestre de 2023 foi de R$ 4 bilhões, impactado por receitas com dividendos/JCP de R$ 2,4 bilhões (basicamente Petrobras) e pela reversão líquida de R$ 700 milhões  de créditos provisionados em exercícios anteriores — principalmente honra de R$ 300 milhões pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE).

Com informações de Estadão Conteúdo (Denise Luna e Matheus Piovesana)

Imagem: Shutterstock

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