O iFood e a Uber deram início nesta segunda, 17, à parceria que permite a integração dos dois aplicativos. A novidade está disponível inicialmente para consumidores de Belo Horizonte. A partir de dezembro, a parceria será levada para outras cidades. Em janeiro, para o restante do Brasil.
Com a parceria, usuários do iFood podem acessar viagens da Uber diretamente pelo aplicativo de delivery. A capital mineira foi escolhida para estrear a nova funcionalidade por ser uma das operações mais relevantes das duas empresas no País. Os aprendizados obtidos em Belo Horizonte vão orientar os próximos passos da expansão nacional.
Além das novas experiências dentro dos aplicativos, as empresas passam a oferecer um plano especial de assinatura que inclui o Clube iFood e o Uber One. A nova oferta reúne benefícios dos dois programas por R$ 21,90, com vantagens tanto em viagens pela Uber quanto em pedidos no iFood. O usuário passa a ter acesso a um combo de benefícios integrados, com descontos em restaurantes, mercado, farmácia, pet, conveniência e mobilidade.
Estratégia de fidelização
Os programas de assinatura são parte importante da estratégia de fidelização em cada empresa. No iFood, 60% dos pedidos são feitos por assinantes do Clube. Na Uber, os membros do Uber One geram três vezes mais volume de uso na plataforma do que aqueles que não participam do programa. Como menos da metade dos usuários está presente em ambos os programas, a expectativa é ampliar o alcance e o valor da base de assinantes nas duas plataformas.
“Quando conectamos duas plataformas que já fazem parte da rotina dos brasileiros, todos ganham. Os restaurantes recebem mais pedidos, os entregadores têm mais oportunidades de renda e os consumidores passam a ter uma experiência mais simples e personalizada. É uma novidade tecnológica e, principalmente, uma
solução duradoura, feita para gerar valor para todo o ecossistema. Estamos muito animados em dar esse passo ao lado da Uber e em seguir juntos com o mesmo propósito de inovar e facilitar a vida das pessoas”, diz Diego Barreto, CEO do iFood.
“Um dos objetivos da Uber é oferecer a solução certa para cada momento do dia dos nossos usuários, e é exatamente isso que a parceria com o iFood proporciona. Seja para solicitar uma viagem, seja para fazer um pedido de delivery, a partir de agora tudo se torna mais prático. A integração das tecnologias faz com que os usuários frequentes ganhem ainda mais agilidade na rotina, mas também atrai novos usuários para ambas as plataformas”, afirma Silvia Penna, diretora-geral da Uber no Brasil.
Próximas etapas
As próximas etapas da integração entre iFood e Uber vai seguir o seguinte cronograma:
Dezembro
Consumidores de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Campinas, Goiânia, Recife, Porto Alegre e Salvador poderão acessar viagens da Uber diretamente pelo aplicativo de delivery, além de poder acessar o novo combo de assinatura.
Consumidores de Belo Horizonte vão passar a ver o iFood dentro do app da Uber e, em seguida, o acesso ficará disponível a outras capitais.
Janeiro
Expansão completa para todas as cidades onde as duas empresas operam e combo expandido para todas as cidades.
Integração em 180 dias
O anúncio da integração entre iFood e Uber foi feito em maio deste ano. Em pouco mais de 180 dias, as equipes das duas empresas desenvolveram a integração tecnológica, que envolveu mais de 300 profissionais de engenharia, design, segurança, privacidade e produto, distribuídos em cinco países.
O projeto exigiu a reconstrução de parte da arquitetura do iFood em ambiente web, a revisão das camadas de front end e back end, e a criação de novas APIs para garantir comunicação segura entre as plataformas. Segundo as empresas, isso garantiu uma experiência embarcada com performance e fluidez comparáveis às do app nativo, mesmo operando em uma camada de webview, com atenção a pagamentos, autenticação, infraestrutura e monitoramento.
Além disso, de acordo com iFood e Uber, a segurança e a privacidade foram prioridades, com a comunicação entre as plataformas sendo criptografada e seguindo padrões internacionais (como PCI-DSS, normas de segurança de dados da indústria de cartões de pagamento) e a LGPD, a Lei Geral de Proteção de Dados, além de protocolos específicos de troca de tokens, controle de sessão e autenticação em múltiplas camadas.
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