Estados devem começar vacinação contra a Covid-19 ainda hoje, afirma ministro

Carga com primeiras doses da CoronaVac chega ao Aeroporto Internacional de São Paulo 19/11/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta segunda-feira (18) que a vacinação contra o novo coronavírus começará nos Estados ainda hoje. Ele disse que a previsão é que a distribuição das doses da vacina com uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) ocorra até as 14h e que as primeiras aplicações sejam feitas até as 17h.

Ao lado de governadores, Pazuello participou, nesta manhã, do ato simbólico de entrega de 4,6 milhões de doses da CoronaVac no Centro de Logística do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As vacinas serão transportadas por via aérea para o Distrito Federal e as capitais de dez Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Santa Catarina. Também há previsão de distribuição de vacinas por via terrestre.

Segundo o ministro, o Instituto Butantan, que produz o imunizante em parceria com a chinesa Sinovac, receberá um ofício pedindo celeridade no envio da autorização à Anvisa para a produção de mais dois milhões de doses da CoronaVac. A documentação deve ser analisada até 31 de março.

Ele reforçou que os primeiros a receber as doses da vacina serão  integrantes do grupo prioritário: profissionais da saúde, idosos e indígenas. Pazuello destacou, ainda, que os cuidados com uso de máscara e álcool em gel não podem ser deixados de lado. “A vacina não determina o fim das medidas protetivas”, disse.

O uso emergencial da CoronaVac e da vacina produzida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca foi autorizado neste domingo (17) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Logo após a aproximação, o governo paulista aplicou a primeira dose no País. 
A primeira pessoa vacinada fora dos estudos clínicos foi Mônica Calazans, de 54 anos, enfermeira, negra e moradora da zona leste da capital. Ela atua na linha de frente contra a Covid-19 no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Até então, as únicas pessoas do País que haviam tomado a vacina faziam parte dos testes clínicos.

Mônica tem perfil de alto risco para a Covid-19. Além de trabalhar diretamente na linha de frente, ela é obesa, hipertensa e diabética. É viúva e mora com o filho, de 30 anos. Nenhum dos dois, até este momento, se infectou com a doença, mas o seu irmão caçula, um auxiliar de enfermagem de 44 anos, chegou a ficar internado por 20 dias. Antes de ser vacinada, Mônica chorou, emocionada, e agradeceu.

Com informações da Agência Brasil

Imagem: Agência Brasil

 

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