A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou alta de 2,4% de abril para maio deste ano, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (18) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Entre os sete componentes da ICF, os maiores avanços foram observados na avaliação sobre o momento atual em relação à compra de bens duráveis (5,5%) e no nível de consumo atual (3,4%). A renda atual e a perspectiva de consumo também se destacam, com altas de 2,9%.
Os outros componentes tiveram as seguintes altas: emprego atual (1,6%), perspectiva profissional (1,2%) e acesso ao crédito (0,8%). Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, as sucessivas quedas da inflação têm ocorrido além do esperado, o que deixa “os consumidores mais dispostos a consumir”.
Por outro lado, segundo ele, o nível elevado do endividamento do consumidor e os juros altos limitam a renda disponível ao consumo.
Na comparação com maio de 2022, a ICF cresceu 21,7%, com aumentos nos componentes de momentos para duráveis (35,1%), nível de consumo atual (32,8%), perspectiva de consumo (31,7%), renda atual (27,6%), emprego atual (14,9%), perspectiva profissional (13,9%) e acesso ao crédito (8,8%).
Consumo pré-pandemia
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou um avanço de 1,3% em fevereiro, descontados os efeitos sazonais, e atingiu seu maior nível, de 95,7 pontos, desde o início da pandemia de covid-19. A maior intenção de consumo é das famílias de menor renda. Embora o índice para esse grupo ainda esteja abaixo dos 100 pontos, na zona negativa (93,1 pontos), o nível é o maior desde março de 2020.
O índice é apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde 2011.
O indicador que mede a perspectiva de consumo se destacou com o maior crescimento mensal, de 3,5%, repetindo a dinâmica de janeiro deste ano. Na variação anual da ICF, houve crescimento de 23,3%.
Com informações de Agência Brasil.
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