Presidente da CPI da Americanas defende punir quem cometeu fraude, sem desestabilizar economia

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) deve apresentar na próxima semana aos membros o plano de trabalho do colegiado

Americanas

Após instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o rombo contábil registrado na Lojas Americanas, o presidente do colegiado, deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE), defendeu punir quem tentou fraudar o mercado financeiro, mas sem desestabilizar a economia.

“Teremos um trabalho árduo pela frente. É um tema que precisamos ter muita responsabilidade, logicamente, tendo o compromisso de punir aqueles que possivelmente fraudaram ou tentaram fraudar o mercado financeiro. Mas, também temos que ter a consciência de não desestabilizar a economia do nosso país, principalmente no momento que nós vivemos”, disse ele, logo após o início dos trabalhos da comissão. “O Brasil precisa ter um ambiente de negócios equilibrado, mas nós não podemos admitir qualquer tipo de fraude que possa arranhar a imagem do nosso país no que diz respeito a nossa economia”, continuou.

A CPI terá 27 membros titulares e 27 suplentes.

Nos bastidores, parlamentares avaliam que as investigações podem ampliar o alvo, atingindo outras varejistas.

Proposta

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Americanas, deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), deve apresentar na próxima semana aos membros o plano de trabalho do colegiado. A proposta deve ser aprovada pelos integrantes para dar continuidade à investigação.

O presidente da CPI, Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE), disse que seguirá os trâmites e que o plano deve ser divulgado depois de aprovado pelos membros da CPI.

A ideia, de acordo com ele, é de que ocorra, pelo menos, uma sessão por semana, provavelmente às terças-feiras.

A CPI foi instalada nesta quarta-feira, com indicação de membros. Serão 27 titulares e 27 suplementes. A primeira sessão terminou por volta de 16h20.

O deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ), membro da CPI, sugeriu que o colegiado recolha informações com associados e auditorias que investigaram o caso antes de convocar os sócios da varejista para serem interrogados na comissão.

“Convocar (os sócios) logo de cara antes de recolher documentos pode não ser bom (…) (Pode ser melhor) recolher mais elementos para que na hora H a gente pudesse fazer as perguntas necessárias”, disse Motta durante a realização da CPI. “Não sei se é o primeiro requerimento que devemos aprovar”, continuou, ao citar a convocação dos sócios.

Com informações de Estadão Conteúdo (Giordanna Neves)

Imagem: Shutterstock

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