A MyMall acaba de lançar em Contagem, Minas Gerais, um centro comercial num conceito ainda pouco comum no Brasil: o de power centers. O empreendimento, concebido em parceria com a Direcional Engenharia e o Grupo Ferroeste, terá diversas lojas-âncoras lado a lado, além de varejistas menores e estacionamento amplo. Esse tipo de shopping center segue um modelo tipicamente americano e é focado em proximidade e hiperlocalidade.
Supermercados BH, ABC da Construção e Lojas Leader estão entre as marcas que devem marcar presença no MyMall Power Oasis Contagem. As negociações estão em andamento, ainda, com Bluefit (academia), Kalunga (papelaria), Drogaria Araújo e Burger King, entre outras empresas. A expectativa é de que o empreendimento fique pronto até 2023.
“O power center geralmente é localizado em vetores de crescimento das cidades, ou seja, nas entradas ou saídas, porque precisam de terrenos grandes para lojas-âncoras maiores e amplos espaços de estacionamento. Este terreno está no meio da cidade, num lugar que é a conjunção de Belo Horizonte com Contagem, onde antes funcionava uma siderúrgica”, conta o presidente da empresa, Evandro Negrão de Lima Júnior.
O objetivo, segundo ele, é juntar um mix de lojas que inclui os segmentos de atacarejo, bricolagem, pet shop, papelaria, drogaria e padaria. O empreendimento deve atender a 10 mil moradores de um complexo residencial localizado em frente, projeto da Direcional, e também as pessoas que moram ou trabalham no entorno do terreno.
“Nos últimos anos, presenciamos no Brasil uma multiplicidade de novos formato de centros comercias explorados pelo varejo. A principal força dos power centers é a união, em um único espaço, de marcas independentes, capazes de, juntas, atrair público qualificado, não só pelos produtos e serviços que oferecem, mas também pela facilidade de acesso e estacionamento no local”, analisa a diretora-executiva da Gouvêa Malls, Janice Mendes, colunista do portal Mercado&Consumo.
A própria cidade de Contagem conta com outro empreendimento neste modelo, o ItaúPower Shopping, que tem lojas das redes Riachuelo, Americanas e C&A, entre outras, mas o conceito ainda é raro no Brasil. Para a especialista, a tendência é de que os power centers ganhem mais espaço. “Tudo indica que a busca dos grandes varejistas por proximidade com os clientes pode impulsionar esse tipo de centro comercial nos próximos anos. Um outro fator importante está relacionado ao tempo de implantação de um empreendimento nesta categoria”, destaca.
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