Evergrande nega que Capítulo 15 nos EUA envolva falência: ‘procedimento normal’

O Capítulo 15 costuma ser usado para proteger os ativos nos EUA de uma companhia que enfrenta algum caso de insolvência fora do país

Evergrande nega que Capítulo 15 nos EUA envolva falência: 'procedimento normal'

Após acionar o Capítulo 15 do código de falências dos Estados Unidos, a incorporadora chinesa Evergrande esclareceu nesta sexta-feira, 18, que o processo representa um “procedimento normal” para reestruturação da dívida offshore e “não envolve um pedido de falência”.

Em comunicado, a empresa explicou que os bônus emitidos em dólares estão sujeitos à legislação de Nova York. Por isso, protocolou pedido de proteção contra os credores para reconhecer as renegociações dos débitos conduzidas em Hong Kong e nas Ilhas Virgens Britânicas.

O Capítulo 15 costuma ser usado para proteger os ativos nos EUA de uma companhia que enfrenta algum caso de insolvência fora do país.

O objetivo é promover a cooperação judicial internacionalmente e criar um ambiente de maior segurança jurídica.

Pedido de proteção dos ativos

A China Evergrande Group protocolou pedido de proteção dos ativos no âmbito do Capítulo 15 do código de falência dos EUA em Nova York nesta quinta-feira, 17, mostram documentos judiciais. O dispositivo protege os ativos da empresa nos EUA enquanto os acordos de reestruturação de dívidas são elaborados em outro lugar. Os acordos internacionais de reestruturação de dívidas às vezes exigem a entrada com o Capítulo 15 durante a finalização de uma transação.

O movimento levanta preocupações sobre efeitos cascata, já que a China enfrenta um crescimento econômico lento e um setor imobiliário vagaroso.

Com informações de Estadão Conteúdo
Imagem: Shutterstock

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