Varejo cresce 3,93% em 2024, mas Ibevar vê expansão sustentável como instável

Dos 42 segmentos, considerando o histórico de vendas, registra-se um patamar alto das intenções de compra para apenas 6

Varejo cresce 3,93% em 2024, mas Ibevar vê expansão sustentável como instável

As projeções econométricas do Ibevar – FIA Business School para o varejo mostram um aumento de 3,84% no quarto trimestre de 2024 em relação ao mesmo trimestre de 2023 e de estabilidade, em relação ao terceiro trimestre de 2024. Para os doze meses de 2024, projeta-se, neste momento, um aumento de 3,93%.

Consta-se, portanto, uma recuperação das vendas nos segmentos monitorados pelo IBGE. Entretanto, os dados provenientes das redes sociais relativizam esses números. Ou seja, incluindo um conjunto de serviços pode-se ter uma visão menos promissora do volume de negócios.

Dos 42 segmentos, considerando o histórico de vendas, registra-se um patamar alto das intenções de compra para apenas 6 segmentos. A maioria posiciona-se em um nível baixo (52,4%). Além disso, para 31 segmentos, representando quase 74% do total, observa-se redução do volume comercializado para o próximo trimestre.

Para Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, esse resultado é consistente com as projeções econométricas para o último trimestre do ano, com estabilidade em relação ao terceiro de 2024, porém, com viés de baixa, considerando uma visão do varejo devidamente ampliada.

“Portanto, em que pese o resultado positivo para o ano, segundo as projeções fundamentadas nas séries fornecidas pelo IBGE, pode-se afirmar que a evolução do varejo é instável, isto é, não se identifica, por enquanto, um crescimento sustentável das vendas ao consumidor final”, observa Felisoni.

Sobre o estudo

Trimestralmente o Ibevar – FIA divulga estudos amplos sobre as disposições de compra considerando dados do IBGE e levantamentos realizados nas redes sociais. A utilização de duas bases diferentes permite que se faça uma análise das tendências de consumo considerando perspectivas distintas. Ou seja, os dados secundários estão organizados de acordo com uma classificação pré-estabelecida pelo IBGE (a priori).

Por outro lado, a classificação obtida com os dados colhidos nas redes sociais advém da própria manifestação dos indivíduos (a posteriori). Deve-se acrescentar que a avaliação direta a partir das redes sociais permite que se examinem às disposições de consumo também de outros segmentos do varejo não contemplados pelas estatísticas do IBGE, tipicamente diversos serviços que são também operações varejistas.

Imagem: Shutterstock

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