Comércio eletrônico tem potencial para fomentar a economia no sul da Ásia

O Banco Mundial lançou o novo relatório “Deslanchando o comércio eletrônico para a integração do sul da Ásia” que observa que, embora o comércio eletrônico tenha crescido significativamente no sul da Ásia, as vendas on-line representaram apenas 1,6 e 0,7% do total das vendas no varejo na Índia e Bangladesh, em comparação com 15% na China e cerca de 14% globalmente.

Aumentar o uso do comércio eletrônico por consumidores e empresas no sul da Ásia pode potencialmente ajudar a aumentar a concorrência e a produtividade das companhias, além de incentivar a diversificação da produção e das exportações.

“O comércio eletrônico pode impulsionar uma série de indicadores econômicos no sul da Ásia, desde o empreendedorismo e o crescimento do emprego até taxas mais altas do PIB e produtividade geral”, disse Sanjay Kathuria, economista principal do Banco Mundial e co-autor do relatório. “Ao liberar seu potencial de comércio on-line, o sul da Ásia pode se integrar melhor às cadeias de valor internacionais, aumentar seu acesso ao mercado e fortalecer os vínculos comerciais entre os países da região”, acrescentou.

Uma pesquisa com mais de 2.200 empresas no sul da Ásia mostrou que as principais preocupações com as vendas transfronteiriças de comércio eletrônico incluíam logística e regulamentações relacionadas ao comércio eletrônico, assim como infraestrutura de conectividade e tecnologia da informação. Essas barreiras são significativamente maiores quando negociadas com outros países do sul da Ásia. Os principais parceiros eletrônicos internacionais de empresas no sul do continente são China, Reino Unido e Estados Unidos, e não outros países da região.

As pequenas e médias empresas locais relataram que a remoção de barreiras regulatórias e logísticas ao comércio eletrônico aumentaria suas exportações, emprego e produtividade entre 20 e 30%. Para superar esses obstáculos, o relatório propõe reformas em áreas como pagamentos, entrega, regulamentação de acesso ao mercado, proteção ao consumidor e privacidade de dados, nos níveis nacional, regional e global.

“Algumas etapas práticas para fortalecer transações online incluem alavancar a reputação de grandes plataformas de comércio eletrônico para oferecer proteção, retorno e reparação ao consumidor e segurança de dados como substituto inicial de mecanismos contratuais e de proteção ao consumidor, além de permitir pagamentos transfronteiriços no comércio-eletrônico”, disse Arti Grover, economista sênior do Banco Mundial e co-autor do relatório. O relatório também sugere uma abordagem incremental para executar essas etapas, se necessário, a fim de criar confiança.

“Enquanto o comércio transfronteiriço no sul da Ásia representa apenas 5% do comércio total da região, o comércio eletrônico tem o potencial de estimular o comércio regional, fazendo a ponte entre compradores e vendedores em diferentes lados das fronteiras nacionais”, disse Viviana Perego, economista especializada em Agricultura do Banco Mundial e co-autor do relatório. “E, além das empresas, os consumidores do sul da Ásia podem ganhar significativamente com a redução potencial de custos e disponibilidade de uma variedade maior de bens e serviços de comércio eletrônico.”

Com informações do site The Economic Times
* Imagem reprodução

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