Morre Pedro Herz, fundador da Livraria Cultura e visionário no varejo de livros no País

Segundo familiares, o empresário sofreu um ataque cardíaco em casa nesta madrugada

Morre Pedro Herz, fundador da Livraria Cultura e visionário no varejo de livros no País

Pedro Herz, fundador da Livraria Cultura, faleceu na madrugada desta terça-feira, 19, aos 83 anos. Segundo a família, o livreiro e empresário sofreu um ataque cardíaco em casa e não resistiu. O velório será realizado na quarta-feira, 20, no Cemitério Israelita, no Butantã, zona oeste da capital.

A família utilizou as redes sociais da livraria para emitir um comunicado público:

“Pedro Herz foi um visionário no campo editorial, tendo desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento e promoção da literatura em nosso País. Sua paixão pela leitura e seu compromisso em tornar os livros acessíveis a todos deixaram uma marca indelével na comunidade literária e além. Sua ausência será profundamente sentida, mas seu legado perdurará através das páginas dos livros que tanto amou”, informou os familiares. “Neste momento de luto, a família agradece o carinho e condolências”.

A Cultura

Uma das maiores rede do varejo de livros, a Livraria Cultura chegou a ter 18 lojas e um catálogo estimado em 9 milhões de exemplares. Antes de o tema experiência do consumidor estar entre os principais temas do varejo, proporcionou espaços confortáveis de leitura, integrou café, apostou em vale-presentes, cartão-fidelidade, teatro e eventos dentro de seus espaços, desde lançamentos de livros a pocket shows.

Endividada, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial e tentou alterar o plano de pagamento de credores após ser profundamente impactada pela pandemia da Covid-19. As vendas da rede, dependentes do varejo físico, chegaram a cair 73% no auge do fechamento de lojas. Houve recuperação nos meses seguintes, mas, em novembro de 2021, mês dos dados mais recentes, ainda eram 56% menores que em janeiro de 2020, antes da pandemia.

No ano passado, a Justiça decretou a falência da Cultura, pois a empresa dava sinais de que não conseguiria honrar os pagamentos previstos no plano de recuperação judicial desde 2019.

Imagem: Reprodução

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