O Méliuz, especializado em cashback, é mais uma empresa de tecnologia a anunciar demissões. No total, foram 59 funcionários desligados, 6% da equipe de cerca de 980 pessoas, confirmou a companhia. As demissões não irão impactar os usuários, enquanto nenhum serviço ou produto será descontinuado, destaca a nota da empresa.
Os desligamentos atingiram “quase todas as áreas da companhia”, ainda segundo o pronunciamento. Como de costume, funcionários demitidos usaram as redes sociais para comunicar os desligamentos. Os setores de atuação dos autores das publicações são variados, incluindo recrutamento e seleção, design de produto e desenvolvimento.
As demissões fazem parte de um processo de “reestruturação interna para aumentar a eficiência operacional”. Assim como se adaptar ao cenário macroeconômico diante da alta de juros, inflação alta e, consequentemente, um e-commerce menos aquecido, segundo o CEO e fundador da companhia, Israel Salmen.
“Apesar do Méliuz estar em uma posição confortável por possuir um caixa robusto, foi necessário ajustar os planos, assim como muitas empresas de tecnologia fizeram”, afirmou o executivo. A expectativa de Salmen é que decisão ajude a manter a sustentabilidade da companhia e impulsione as margens.
Procurados pela reportagem, funcionários desligados, que ainda passam pelos trâmites formais, optaram por não se pronunciar.
As demissões em massa, vistas ao longo do ano passado, seguem com força neste início de 2023 por todo o setor de tecnologia ao redor do mundo. Desde startups até gigantes do setor, com destaque para a Microsoft mais recentemente.
Nos últimos 12 meses, cerca de 61 mil pessoas foram atingidas por demissões em massa em empresas de tecnologia dos Estados Unidos. No Brasil, em startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, chamadas de “unicórnios”, 4 mil foram demitidos.
Com informações de Estadão Conteúdo (Elisa Calmon)
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