Vendas de varejo no período fevereiro-abril devem ser piores que janeiro-março

Dos onze segmentos monitorados pelo Fibge, nove tiveram queda e dois, estabilidade; não há registro de crescimento

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As vendas no período fevereiro – abril de 2024, conceito varejo restrito, devem recuar 1,7%, de acordo com pesquisa do Ibevar – FIA Business School. Considerando o conceito varejo ampliado, em que são incluídos veículos e material de construção, a queda projetada é substancialmente maior, ou seja, 3,4%, ainda segundo o mesmo estudo. Deve-se destacar que, na última projeção (janeiro-março), esses percentuais de queda eram 0,26% (restrito) e 1,96% (ampliado).

Dos onze segmentos monitorados pelo Fibge, na última avaliação, a previsão janeiro-março de 2024, seis apresentavam queda. Agora, para o período fevereiro – abril de 2024 são nove com previsão de redução: tecidos e vestuário (-14,3%), material para escritório (- 6,9%), artigos de uso pessoal (-6,1), livros e papelaria (-6,0%), veículos (- 4,9%), móveis e eletrodomésticos (-4,2%), artigos farmacêuticos (- 1,7%), supermercados (-1,2%) e material de construção (- 0,09%). Para apenas dois segmentos é projetada estabilidade: combustíveis e alimentos. Ou seja, para nenhum dos ramos aponta-se crescimento.

Esse resultado, segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, decorre de uma combinação de fatores. “Embora o Banco Central venha reduzindo a taxa básica, os juros na ponta para o consumidor final caíram muito pouco. As condições de emprego também não favorecem. O saldo do Caged vem caindo quase que continuamente desde o início de 2023. Além disso, a inadimplência, em que pese as iniciativas do governo, volta a dar sinais de recrudescimento”, explica o professor.

Quedas

No trimestre janeiro-março, guando são incluídos todos os segmentos – todos aqueles pertencentes ao varejo restrito mais veículos e motos, partes e peças e de material de construção -, a previsão de recuo chegou a 2%.

No segmento de livros e papelaria, a queda prevista foi de 10,4%, a mais alta entre os 13 avaliados. Vestuário e tecidos devem recuar 7,4%, móveis e eletrodomésticos devem ter queda de 6,8%, artigos de uso pessoal, queda de 4.9% e no, segmento de veículos, é prevista queda nas vendas de 3,8%. Material de construção apresenta o menor indicador de queda, estimado em 0,7%.

Imagem: Shutterstock

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