As redes de varejo com foco nas classes C e D comemoram aumento no faturamento e perspectivas positivas com a retomada no consumo das famílias, que também sustenta a reação inicial do Produto Interno Bruto (PIB). A expectativa é que o nível de consumo das famílias volte ao patamar de 2014 – fim da “era de ouro” do varejo – até 2019. De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), as vendas do segmento de calçados e vestuário, por exemplo, indicam que no ano, até julho, houve crescimento de 7,1%. Já o comércio em geral avançou menos no mesmo período: 1,1%.
Um exemplo é o Mercadão dos Óculos, rede de óticas criada em 2012 que vende armações de grau e solares com preços até 60% abaixo dos praticados no mercado. Os valores encontrados nas unidades da rede variam de R$ 19,90 e R$ 239,90. Agora a empresa, que faturou R$ 50 milhões em 2016, aposta em abertura de novas lojas, parceiras com celebridades e no mix de mercadorias com preços acessíveis para continuar a expansão e crescer em 50% o faturamento em 2017.
“A confiança do consumidor mudou em relação às compras. A frequência aumentou e a necessidade de parcelamento está menor. A prioridade agora é a compra à vista”, conta Gustavo de Freitas, diretor executivo do Mercadão dos Óculos, que viu uma alta nas vendas de 13% no primeiro quadrimestre deste ano. Segundo o executivo, juros em queda, a liberação do FGTS, o recuo da inflação e a recuperação do emprego em alguns segmentos ajudam a impulsionar o movimento no comércio. A esperança aumenta nos últimos meses do ano, por causa das festas tradicionais.
Fonte: Jornal DCI