Treinar para conquistar talentos

De um lado, profissionais de base, muitos em seu primeiro emprego. De outro, um mercado em expansão que precisa se profissionalizar para atender às demandas de consumidores cada vez mais exigentes. No meio, empresários e coorporações em busca de soluções para lidar com o turnover inevitável e desenvolver talentos com conhecimento aprofundado no setor.

 

“A base da pirâmide da empresa vai estar sempre mais suscetível à mudança de emprego com diferenças de salários, às vezes, muito pequenas. Mas eu trabalho em muitos ambientes de fábricas e costumo ouvir gente que, às vezes, sai para ganhar menos ou a mesma coisa, mas que fundamentalmente não aguentava aquele ambiente de trabalho”, constata Rogério Chér, sócio da Empreender Vida e Carreira. Para o especialista, o ambiente de trabalho é, muitas vezes, o fator determinante para manter, ou não, o quadro de colaboradores estável.

 

Reconhecimento e tratamento diferencial também são as recomendações de quem já coordenou uma verdadeira tropa de elite. “Reter talentos significa reconhecer esse talento e investir, de fato, para tratá-lo com meritocracia, criando oportunidades para seu desenvolvimento dentro do negócio”, ensina o ex-capitão do BOPE, Paulo Storani. O discurso está alinhado com algumas pesquisas que indicam que mais da metade das movimentações de emprego se dão por falta de oportunidade de desenvolvimento. “Isso acontece com mais frequência conforme subimos o nível hierárquico do profissional. Nesse patamar, a remuneração não é o fator essencial, mas, sim, a busca por conhecimento e mais experiência”, constata Artur Motta, diretor de Treinamento & Desenvolvimento da GS&MD – Gouvêa de Souza.

 

Fonte: GS&MD - Gouvêa de Souza - Treinamento e Desenvolvimento
Fonte: GS&MD – Gouvêa de Souza – Treinamento e Desenvolvimento

 

Na prática

 

Investir em líderes inspiradores e experientes é um dos ingredientes da receita da rede Mania de Churrasco. “Sempre buscamos trazer às nossas lojas pessoas mais experientes e que possam cuidar bem dos outros funcionários. Também trabalhamos com uma das melhores políticas de remuneração da praça de alimentação e, como somos uma rede que está crescendo, acabamos atraíndo pessoas dispostas a crescer junto. Ele pode começar como caixa, chegar à gerência e, quem sabe, no futuro, ser dono de uma franquia”, projeta Luís Yamanishi, um dos sócios da rede de churrascarias express.

 

Há dez anos instalado na Vila Olímpia, o restaurante Praça São Lourenço conta com um quadro de cem colaboradores, responsáveis por atender cerca 14 mil clientes por mês. “Nós avaliamos em conjunto o rendimento do colaborador, acompanhamos os feedbacks dos clientes no opinário, investimos em treinamento e decidimos, por exemplo, que se for preciso um bônus para compor o orçamento no fim do mês – vale muito mais a pena investir no funcionário do que perdê-lo para outra casa”, aposta Airton Valadão Jr., sócio-gestordo empreendimento.

 

Matéria publicada originalmente na Revista Mercado & Consumo, ed. 04

Redação

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