A loja física em check! Possíveis alternativas

Por Jean Paul Rebetez *

Nas últimas duas edições do evento NRF Retail’s Big Show (EUA) a palavra de ordem foi “Brick is the New Black”, traduzindo: a loja física voltou com tudo!

Segundo eles, a loja física ficou um período relevada ao segundo plano em termos de investimentos e atenção, logo em seguida, entenderam que on e offline não têm divisões e as fronteiras sumiram e recentemente elevaram o varejo físico ao ponto máximo de conexão junto ao consumidor.

Mas, essa realidade vista lá fora se reflete no combalido cenário brasileiro?

Difícil crer quando acumulamos quedas nas receitas das lojas físicas na ordem de 10,9% comparando-se o mesmo período do ano anterior que já vinha em plena deterioração (dados do IDV).

Ao mesmo tempo que as vendas estão sofrendo no varejo físico, como anda o varejo online?

Bem, obrigado! Muito ainda por fazer para buscar resultados, mas crescendo acima dos dois dígitos em 2016.

Praticamente a maioria das grandes marcas do varejo já tem sua loja online e não poderia ser diferente, na última linha o todo gera algum resultado.

Claro que neste sentido o varejo físico enfrenta inclusive mais esse desafio para competir, levando chumbo desse “fogo amigo” inclusive!  As livrarias são prova disso!

Diferentemente do que apresentado nas edições do NRF, vimos em meio a crise brasileira o varejo físico se sustentando no limiar de suas forças, não dando conta de arcar com despesas cada vez mais pesadas como locação, mão de obra, estoque, custo de oportunidade e falta de crédito.

As lojas físicas estão em check?

Acredito que sim, pelo menos neste cenário a mínguas.

Alguns procedimentos são emergenciais para tirar as lojas do coma ao mesmo tempo que um novo papel deverá ser pensado para o canal.

Então quais são as alternativas?

Listo algumas nas quais podem ajudar nesse momento incerto:

  • Cuidar do sortimento. Não carregue estoque que seja pouco relevante para seu consumidor – o sortimento não pode falhar, rupturas dos itens que mais vendem não são aceitáveis. Livre-se do que gira pouco;
  • Baixar o nível dos estoques o suficiente para não perder vendas, mesmo que algumas sejam perdidas! Estoque custa e muito, dinheiro parado é igual a juros no banco;
  • Renegociar com os fornecedores preços e prazos;
  • Baixar as taxas de ocupação, preferencialmente devem ser negociadas a participação sobre o faturamento e não mensalidades fixas que corroem ganhos e inviabilizam o estabelecimento tanto em lojas de rua assim como nos shoppings;
  • Priorizar o digital inclusive como ferramenta de marketing. É mais barato do que as ações off-line e são mensuráveis;
  • Cuidar do seu “Head Count”. Não tenha gente em excesso e muito menos mal capacitada – mão de obra é um dos vilões das empresas atualmente. Remunerações variáveis aliviam muito este peso.

Acredito ainda que para viabilizar o varejo físico a indústria deverá ter um papel primordial nesse sentido, as lojas não se sustentam sendo apenas “showrooming” da indústria. É necessário investimento no varejo. Assim como o apartheid contábil entre as unidades on e offline deixam de ser relevantes para enxergarmos um só resultado, o da operação.

Quer saber mais, entre em contato conosco: jean.rebetez@gsagr.com.br

*Jean Paul Rebetez (jean.rebetez@agrconsultores.com.br) é head de Entrega de Projetos da GS&AGR Consultores

Redação

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