Vender ou não através de um marketplace?

Sabemos que o e-commerce ainda é um mercado relativamente novo e que está longe de atingir a sua maturidade.

Temos indicadores importantes que transmitem isso de maneira muito clara, como por exemplo, a taxa de evolução do faturamento ano a ano que historicamente cresce acima dos 2 dígitos. A exceção foi 2016. Ano em que devido à recessão econômica – em que o PIB caiu 7% – cresceu “apenas” 7,4% em relação a 2015. Esse histórico de crescimento na casa dos 2 dígitos é típico de mercados que ainda não são maduros, mas que tem um enorme potencial.

Outro dado interessante a meu ver – e que já demonstra a força deste setor – é a representatividade do mercado online frente ao varejo total brasileiro, cerca de 3,8%. Ninguém dúvida que em alguns anos esse número deve atingir a casa dos 10% – assim como o varejo online norte americano.

É este potencial de mercado e a crescente demanda gerada pelo acesso a tecnologia por parte dos consumidores que tem encorajado pessoas e empresas a ingressarem cada vez mais no mercado online.

Hoje em dia temos um e-commerce para quase tudo. Precisa de tábua de passar? Tem onde comprar. Quer adquirir copos plásticos? Também consegue facilmente.

O problema para a maioria dessas novas lojas, grandes ou pequenas, novas ou consolidadas, de segmento tradicional no varejo online ou ainda sem tanta tradição é, sem dúvida, divulgar sua loja e obter retorno frente ao investimento realizado de maneira rápida.

Neste cenário surge uma boa alternativa, que são os MARKETPLACES.

O que é o modelo Marketplace?

De maneira resumida, o “Marketplace” é um modelo em que grandes sites passam a vender produtos de outras lojas – geralmente focadas em determinado business – para todos os seus visitantes/leads. Como um shopping center, mas de maneira online.

Com isso o marketplace busca, entre outros objetivos, diminuir seus estoques de categorias deficitárias ou de pequena margem, consolidar o seu posicionamento, complementar a gama de produtos/categorias oferecidas no site e ampliar sua participação de mercado.

Para o marketplace, a preocupação maior gira em torno da qualidade dos serviços prestados pelas lojas que anunciam em seu ambiente. Por isso se faz necessário criar e acompanhar parâmetros de qualidade que garantam que o serviço prestado pela loja esteja em linha com o que o marketplace almeja e promete para o consumidor. Afinal de contas, a confiança na imagem do marketplace é um fator decisório no ato da compra.

Na visão da loja, é importante avaliar os fatores que englobam a associação de seus produtos a um ou vários marketplaces. Dentro os principais pontos, destacamos:

  • Divulgação e visibilidade: Sob essa ótica, é importante compreender que os principais marketplaces tem um fluxo de acesso muito qualificado e que consequentemente é importante se fazer presente na maioria deles. Isso aumentará a visibilidade dos seus produtos e a capacidade de gerar vendas.

 

  • Aumento de vendas: Conforme mencionado acima, o fluxo de acesso nos principais marketplaces é muito qualificado e a chance real de aumentar as vendas da loja é grande.

 

  • Custos: Levando em consideração que o marketplace se encarregará com a divulgação do canal, os custos com publicidade também tendem a ser menores se comparados aos gastos convencionais de um site – o que ajudará na margem final da venda.

 

  • Ranqueamento: Os fatores decisórios para ranquear e apresentar os produtos no marketplace são: preço e frete. Ou seja, mesmo que a sua loja seja bem avaliada pelos clientes, porém, com condições de pagamento (preço e frete) piores se comparada a outra loja, provavelmente o seu concorrente será mais bem ranqueado e consequentemente terá um lugar de destaque.

 

  • Marca: A venda através deste canal na maioria das vezes não fixa na lembrança do consumidor a loja responsável pelo produto adquirido. Isso por que os marketplaces não dão grande destaque a essa informação na finalização da compra. Isso pode ser encarado como um ponto negativo neste modelo.

 

  • Repasse das vendas: É importantíssimo que o lojista entenda como funciona e negocie o modelo de repasse dos valores referentes as vendas no marketplace . Obviamente, isso deve ser ajustado ao seu fluxo de caixa.

Como demonstrado acima, há fatores positivos e negativos – na minha visão, os fatores positivos tem maior peso – na divulgação e venda de seus produtos através de marketplace. Basta você agora analisar a importância de cada uma dessas vertentes e entender se esse modelo de vendas irá de encontro ao seu público-alvo – independentemente se você já tem ou não um e-commerce.

 

Redação

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Comentários 1

  1. thibault says:

    Hum, o principal problema é que entrar num market-place é assumir sua incompetência em comercializar seus produtos. Passando a ser escravo de um market-place onde você pode ser substituído por outro fornecedor a qualquer momento. Na medida em que o market-place identifica os produtos que são sucessos de venda, o fornecedor passa a ser objeto de negociação, eliminação ou substituição. não vejo nenhum ganho a longo prazo em participar disso.

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