O crescimento do e-commerce, ao contrário do que muitos podem pensar, não está prejudicando o crescimento das vendas diretas – também conhecidas com porta a porta. Muito pelo contrário. O tradicional modelo de distribuição olho no olho tem crescido tanto em número de vendedores e novos clientes quanto em diversificação de categorias de produtos.
Pelos cálculos da Associação Brasileira das Empresas de Vendas Diretas (Abevd), o Brasil assumiu a sexta posição no ranking do segmento, atrás apenas de Japão, Alemanha, Coreia do Sul, China e Estados Unidos. No ano passado, estima-se que o setor tenha movimentado mais de R$ 48 bilhões, superior aos R$ 45,2 bilhões contabilizados em 2017, e promoveu 4,1 milhões de empreendedores ativos.
De acordo com a Abevd, embora o mercado seja alimentado pela informalidade, o setor se consolidou também como importante fonte de arrecadação de impostos. A entidade estima que cada R$ 1 milhão investidos em vendas diretas gere o recolhimento de aproximadamente R$ 415 mil em impostos, em um modelo de economia que mobiliza diferentes classes sociais em todas as regiões do país. Como comparação, essa arrecadação é de aproximadamente R$ 350 mil na indústria.
“O setor de vendas diretas tem obtido resultados positivos nos últimos anos, com o aumento das categorias ofertadas. A tecnologia surgiu como uma aliada do setor. O uso crescente do WhatsApp aproximou empreendedores de consumidores e, com isso, houve aumento significativo das vendas”, diz Adriana Colloca, presidente da Abevd, e líder de uma associação que representa 52 associadas e inclui gigantes como Natura, Herbalife, Mary Kay, Avon, Amway e Tupperware.
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