Glambox investe em novos serviços para atrair consumidores

A Glambox é um dos mais conhecidos serviços de assinatura de beleza. Todo mês, consumidoras recebem uma caixa com itens como hidratantes, conjuntos de sombras e batons. Mas apenas esse serviço já não sustentava mais a empresa.

Para se tornar maior, rentável e mais atrativa para as consumidoras, a Glambox está criando novos serviços, como eventos e conteúdo.

A estratégia vem de cima, da B4A (sigla para Beauty For All, beleza para todos), grupo que engloba a Glambox desde 2018 e que também controla a Men’s, clube de assinatura de beleza masculino.

Quando o empreendedor Jan Riehle comprou as duas empresas há dois anos, elas estavam com dificuldade para rentabilizar o negócio – desafio grande para diversas empresas que atuam principalmente no comércio eletrônico.

Hoje, com as novas frentes, o grupo é rentável e espera faturamento de até 45 milhões de reais para 2020.

O empreendedor, alemão, chegou ao Brasil em 2011 e fundou a Itaro, comércio eletrônico de pneus, vendido em 2017. Atuou também como diretor da Springstar Brasil e na Alemanha, seu país natal, na incubadora de empresas de internet alemã, entre outros.

Depois de vender a Itaro, Riehle procurou outras oportunidades para investir. Uma das oportunidades está em cosméticos.

O Brasil é o quarto maior mercado de beleza no mundo, atrás dos Estados Unidos, da China e do Japão, mas a categoria ainda é pouco representada nos meios digitais, diz. Foi quando conheceu a Glambox, que tinha entre as sócias a princesa Paola de Orleans e Bragança, e a Men’s.

“Foi uma aquisição de oportunidade. As duas empresas estavam longe de ser rentáveis e não conseguiam mais captar investimentos. Mas elas representavam uma possibilidade de rentabilizar e obter lucro com algumas medidas fáceis”, diz ele, hoje presidente do grupo B4A.

No ano seguinte, cortou custos e demitiu quase metade da equipe. Mais importante: tenta se desvencilhar da imagem de um clube de assinaturas com novos serviços, benefícios e modelos de negócios. “Precisamos ter uma visão maior. Um canal apenas, como assinatura, não sei se continua funcionando”, diz o empreendedor.

A ideia era usar o público cativo e a estrutura das duas marcas adquiridas, Glambox e Men’s, para criar algo novo.

Para ir além das assinaturas, a empresa busca aumentar as receitas com outros canais. A ideia é que o consumidor pague um valor fixo por mês para ter acesso a benefícios, que incluem o envio de uma caixa mensal de produtos, ingressos para eventos próprios e grupos de discussão digitais.

A companhia também lançou o comércio eletrônico, aberto inclusive para quem não é membro do clube de beleza – quem tem a assinatura, porém, ganha descontos e tem frete grátis. As marcas femininas respondem por 90% das vendas.

A assinatura mais barata sai por R$ 9,90, para ter acesso ao conteúdo, descontos e frete grátis no comércio eletrônico masculino, mas não inclui a caixa mensal de produtos. A mais cara é a assinatura mensal, de R$ 82,90 – ao fechar um período maior, a assinatura fica mais barata.

Atualmente, são 30 mil assinantes nos dois clubes, com um tíquete médio de 70 reais.

Outra estratégia de aumento na receita são as marcas próprias: a Men’s, de produtos masculinos, e a Malmo, de acessórios. A empresa está se preparando para lançar a marca feminina em breve.

As empresas chegaram ao breakeven, o equilíbrio entre receitas e despesas, em 2018. O grupo B4A cresce 5% ao mês desde julho do ano passado, quando Riehle assumiu o comando e começou a mudar o modelo de negócios.

A maior parte da receita ainda vem das assinaturas, mas um terço já é proveniente dos novos serviços.

Em 2017, o grupo faturou cerca de 30 milhões de reais. Com uma queda em 2018, em 2019 o faturamento foi de 24 milhões de reais e, em 2020, esperam alcançar de 40 a 45 milhões de reais.

Se em 2012, quando a Glambox foi criada, o e-commerce de beleza ainda era pouco desenvolvido, o cenário hoje é outro. Em 2013, a varejista Magazine Luiza comprou o site de beleza Época Cosméticos e, em 2019, o grupo Boticário adquiriu o site Beleza na Web. Para continuar crescendo – e lucrando – o grupo B4A precisará concorrer com gigantes.

Com informações portal Exame.com
* Imagem reprodução

Redação

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Comentários 1

  1. Jess says:

    Estou doida para montar um clube de assinaturas.
    Fico muito feliz em ver esse segmento em expansão!
    Tenho procurado por plataformas que atendam esse tipo de demanda, até agora me encantei muito com a Betalabs.

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