Mais de 80% dos brasileiros estão mudando a forma como usam o banco

A pandemia de coronavírus está impactando significativamente o comportamento do consumidor brasileiro na hora de fazer compras e usar serviços bancários, acelerando a transição para tecnologias digitais, conforme indica o “Pace Pulse”, novo estudo da FIS. A pesquisa também relata que a pandemia segue gerando profunda instabilidade financeira entre os brasileiros, especialmente entre os desbancarizados.

O levantamento, que foi realizado com 2 mil brasileiros em diferentes regiões do País e classificados por idade, revelou que 82% dos entrevistados afirmam que a pandemia mudou a forma que eles se relacionam com seus bancos. Além disso, 40% estão usando mais os caixas eletrônicos; 23% adotaram aplicativos e e-mail, e 20% recorreram a chamadas telefônicas para se comunicar com o banco ou consultor financeiro.

Desde o início da pandemia, metade dos entrevistados com conta em banco afirma ter usado serviços bancários online ou mobile, evitando a ida à agência. Os entrevistados da pesquisa Pace Pulse também afirmaram estar usando métodos de pagamento digitais com mais frequência. O destaque fica por conta dos Millennials: 76% afirmam ter adotado alguma carteira digital.

“A mudança rumo a canais digitais de pagamentos e de serviços bancários deu um salto durante a pandemia. No entanto, o movimento acompanhou uma tendência que já era latente no ano passado, tendo sido apenas acelerado pelas consequências do Covid-19, que antecipou a adoção de novas tecnologias e comportamentos a níveis que, antes, julgávamos impossíveis”, explica Marcelo Goes, head de Soluções e Produtos da FIS Latam.

Mudanças em todos os grupos demográficos

A pesquisa da FIS revela que metade dos brasileiros vem sofrendo reveses financeiros durante a pandemia, incluindo salários reduzidos (28%), bônus diferidos (14%) e perdas permanentes de emprego (11%). As famílias com a situação financeira mais instável são as que não têm acesso a serviços bancários, com quase um quarto (24%) afirmando que já não conseguem sobreviver com o que ganham. A Geração Z e a Geração Y relataram maior perda de emprego do que outras gerações – 16% e 13%, respectivamente.

“Bancos e outros fornecedores de serviços financeiros precisarão ser flexíveis e inovadores para atender às necessidades dos brasileiros, que estão em constante mudança em todos os grupos demográficos. Ao mesmo tempo, devem estudar medidas de alívio econômico para apoiar seus clientes, como isenção de multas e taxas, além de maior flexibilidade na hora de conceder e renegociar empréstimos”, comenta Goes.

Ainda como um dos pontos de destaque da pesquisa, estão as novas formas para fazer compras. De acordo com os dados, 39% dos entrevistados estão usando mais serviços de entrega de restaurante do que antes da pandemia. Da mesma forma, 28% disseram que estão usando o serviço de retirada no local (take away) para seus pedidos online ou via smartphones (estes com maior frequência). “Conforme os brasileiros continuem a enfrentar incertezas econômicas causadas pela crise sanitária, esses novos comportamentos de compra devem se consolidar”, afirma o executivo da FIS.

Imagem: Bigstock

Redação

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