Alibaba investe em robôs para o delivery de comércio eletrônico na China

Somente neste ano, a empresa implantou 1.000 bots de entrega em campi universitários chineses e áreas urbanas

Robôs que falam com porteiros, sobem elevadores e tocam campainhas. Esse é o futuro do delivery de comércio eletrônico na gigante chinesa Alibaba. A empresa acredita que robôs são rápidos, confiáveis e relativamente baratos, podendo atender à crescente demanda por compras online na China.

Prova disso é que, somente este ano, o Alibaba está implantando 1.000 bots de entrega em campi universitários chineses e áreas urbanas. Chamados de Xiaomanlv, ou “burro pequeno” em mandarim, os robôs podem entregar cerca de 50 pacotes por vez e até 500 caixas em um dia, cobrindo até 100 quilômetros com uma única carga.

Os bots recolhem os pacotes em um posto de correio e seguem para o local de entrega, rodando em calçadas e nas ciclovias. Eles ainda não conseguem subir lances de escadas, mas no futuro poderão até substituir empilhadeiras nas fábricas, descartar lixo hospitalar em hospitais e transportar bagagens nos aeroportos.

Direção autônoma

A ideia é que os bots “aprendam” a ultrapassar obstáculos com segurança em estradas menores de baixa velocidade e becos sem saída. No futuro, eles podem substituir empilhadeiras em fábricas, descartar resíduos médicos em hospitais e até mesmo mover bagagem ao redor dos aeroportos.

A Academia Damo, centro de pesquisa científica do Alibaba, analisará os insights coletados desses primeiros modelos e atualizará os bots para serem seguros para manobrar mesmo em vias públicas. “Em três a cinco anos, esperamos progredir na direção autônoma em cenários de velocidade mais rápida e fazer entregas em distâncias mais longas”, disse Wang Gang, chefe do Laboratório de Direção Autônoma da Damo.

O mercado de comércio eletrônico da China é o maior do mundo e seu crescimento estimulou o rápido desenvolvimento da logística para atender aos pedidos dos clientes. As entregas de pacotes ultrapassaram 830 bilhões na China continental em 2020, nove vezes o volume de 2013, segundo os Correios da China.

Falta de mão de obra

A pandemia de coronavírus também acelerou a mudança no consumo de offline para online e aumentou a demanda dos clientes por entrega sem contato. Ao mesmo tempo, a quantidade de profissionais para realizar entregas cai no país conforme a população envelhece. A Organização Mundial da Saúde espera que a porcentagem de pessoas com mais de 60 anos na China chegue a 28% até 2040.

“Não temos mão de obra suficiente para entregar tantos pacotes aos consumidores. É impossível sem tecnologias automatizadas. Então, é por isso que Xiaomanlv é muito importante”, disse Wang Gang. “Espero construir produtos de IA que possam ter aplicação prática e um grande impacto social, em vez de impacto acadêmico.”

Empresas globais de entrega, como FedEx e UPS, ainda lidam com a maioria dos pacotes manualmente. No entanto, alguns varejistas estão explorando soluções mais modernas, como entregas de drones. Ainda assim, há relativamente poucos drones em circulação, dado o alto nível de autorização regulatória necessária. Os robôs de entrega, ou bots, por outro lado, são mais promissores em termos de implantação em massa.

Imagem: Divulgação

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