Café, ovos, açúcar e azeite foram os produtos com maior falta nas prateleiras dos supermercados em janeiro, de acordo com levantamento do Índice de Ruptura da Neogrid. O indicador, que mede a indisponibilidade de itens nos pontos de venda, registrou um aumento no período, atingindo 13,7% em média.
Entre os produtos mais afetados, a falta de ovos cresceu de 16,7% para 19,7%, enquanto a do café aumentou de 9% para 11,1%. O açúcar também apresentou alta, passando de 8,9% para 10%, e o azeite registrou um leve aumento de 6,6% para 7,6%.
“O aumento ocorre em um momento em que o varejo já começa a sentir os impactos da desaceleração no consumo no país”, afirma Robson Munhoz, diretor de Relações Corporativas da Neogrid. “Com o preço dos alimentos elevado e o poder de compra do brasileiro mais pressionado, a reposição de estoques fica mais lenta e resulta na falta de alguns tipos de produtos e marcas nas prateleiras, agravando ainda mais o cenário.”
O levantamento também aponta que o aumento na falta desses produtos acontece em um cenário de desaceleração do consumo no Brasil. Com a inflação pressionando o poder de compra da população, varejistas acabam repondo os estoques de forma mais lenta, o que impacta a disponibilidade de mercadorias.
No bolso
Dentre os produtos analisados, o café se destacou pela expressiva variação de preço nos últimos 12 meses, chegando a uma alta de 66%. O café em pó teve um aumento de 7% em janeiro, passando de R$ 21,94 para R$ 23,48, enquanto o café em grãos apresentou uma queda, de R$ 50,14 para R$ 44,47.
Nos ovos, os preços oscilaram: os ovos brancos tiveram um leve reajuste, subindo de R$ 11,06 para R$ 11,25, enquanto os ovos caipiras aumentaram de R$ 13,43 para R$ 15,05. Os ovos de codorna, por outro lado, tiveram queda, indo de R$ 9,22 para R$ 8,26.
O açúcar cristal subiu 2,9%, passando de R$ 9,40 para R$ 9,68, enquanto o refinado se manteve estável em R$ 5,85. O mascavo também teve alta, indo de R$ 15,09 para R$ 15,34.
Já o azeite registrou um comportamento misto nos preços. O azeite de oliva virgem teve uma leve redução, de R$ 48,14 para R$ 47,91, enquanto o extravirgem subiu de R$ 49,44 para R$ 50,18.
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