Nova estratégia comercial da Petrobras para gasolina e diesel segue referências de mercado

O posicionamento da estatal é uma resposta às notícias que circularam na imprensa na semana passada

Petrobras

A Petrobras voltou a esclarecer por meio de comunicado ao mercado que os ajustes de preços de seus produtos são “realizados no curso normal” de seus negócios “com base em análises técnicas e independentes”. Dessa forma, entende que esses atos de gestão não constituem fatos relevantes.

O posicionamento da Petrobras é uma resposta às notícias que circularam na imprensa na semana passada, sugerindo que a empresa teria reduzido o preço da gasolina às vésperas de aumento de tributos federais.

“A Petrobras reitera que a sua nova estratégia comercial para gasolina e diesel continua seguindo referências de mercado e mantém a sustentabilidade financeira da companhia, na medida em que utiliza como parâmetros o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras”, informou a companhia nesta terça-feira, 20.

Ainda segundo a Petrobras, o custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Já o valor marginal é baseado no custo de oportunidade, dadas as diversas alternativas para a companhia, dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino.

“Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, afirmou a estatal.

Oscilações 

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, deu mais detalhes sobre a nova estratégia de política de preços da estatal. Segundo ele, os preços praticados vão estar dentro de um intervalo entre dois limitadores: o custo para o cliente e a vantagem econômica para a companhia.

Prates disse que a nova estratégia de preços vai permitir que a estatal consiga reter parte da volatilidade do mercado, sem que os valores sejam repassados aos consumidores de forma imediata.

Ele reforçou que a companhia continuará a utilizar os preços internacionais como referência, mas haverá maior flexibilidade para a companhia negociar valores que considere mais competitivos para os combustíveis.

Com informações de Estadão Conteúdo (Amélia Alves)

Imagem: Shutterstock 

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