Nesta semana, o Nubank se tornou alvo de cancelamento, de contas e seguidores, após a cofundadora do banco, Cristina Junqueira, publicar em sua rede social um agradecimento pelo convite a um evento realizado pela produtora Brasil Paralelo (BP), conhecida por sua postura conservadora. A executiva marcou os perfis da empresa brasileira e do psicólogo canadense Jordan Peterson, em visita ao Brasil pela primeira vez, alinhado a pautas contrárias aos direitos LGBTQIA+ – entre outros -, informação destacada nas redes do BP para descrever o sucesso da abordagem do palestrante. Em nota, o banco se autodefine como apartidário.
A internet imediatamente reagiu ao post publicado pela líder do Nubank no Brasil e também em comentários ao banco. Perfis de correntistas anunciaram o fechamento de contas, postaram críticas severas à instituição financeira e acusaram o banco de financiar a produtora, uma vez que um ex-funcionário pertence ao quadro do BP.
Na terça-feira, 18, as ações do Nubank caíram 1,18% na Nyse, bolsa de Nova York, e os certificados de depósito de valores mobiliários emitidos no Brasil, que representam valores mobiliários de emissão de companhias abertas com sede no exterior, caíram 1,33%.
Posição oficial do Nubank na íntegra
“Nos últimos dias, o Nubank tem sido alvo de comentários especulativos nas redes sociais motivados por uma postagem de rede social da nossa cofundadora, Cristina Junqueira. Por isso, gostaríamos de esclarecer o que aconteceu:
- Nossa cofundadora recebeu – e agradeceu – um convite para o lançamento de um livro de um autor canadense, organizado em parceria com um veículo de comunicação. Reiteramos que Cristina Junqueira não tem qualquer parceria com os organizadores do evento, e que o Nubank não patrocina essa organização nem endossa seus conteúdos.
- Além disso, existem menções ao perfil de um ex-funcionário do Nubank, que hoje trabalha no veículo de comunicação citado nas redes. Por respeito à proteção de direitos de funcionários e ex-funcionários, não divulgamos informações pessoais ou histórico profissional.
- O Nubank tem uma postura apartidária e não se associa a movimentos políticos, religiosos ou ideológicos. Possuímos um Código de Conduta que promove os direitos humanos, estabelece um padrão ético rigoroso, e não tolera atividade ilícita, discriminatória e abusiva de nenhum tipo.
O Nubank nasceu para combater a complexidade do sistema financeiro e simplificar a jornada financeira das pessoas. Essa é a nossa missão e estamos sempre evoluindo para garantir que nosso foco e esforço sempre mirem no impacto positivo na vida de todos os nossos clientes.”
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