ICSG: produção global de minas de cobre cresceu 2% nos primeiros 5 meses de 2023

Dados preliminares sugerem ainda um aparente superávit de cerca de 287 mil toneladas do minério refinado na balança global

cobre

Dados preliminares indicam que a produção global de minas de cobre cresceu cerca de 2% nos primeiros cinco meses deste ano, afirmou o Grupo de Estudos Internacionais do Cobre (ICSG, na sigla em inglês) em relatório publicado nesta quinta-feira, 20. Já a produção global de cobre refinado subiu aproximadamente 8% no período, ainda de acordo com o documento.

O uso do cobre refinado no mundo cresceu, apoiado principalmente por alta de 9% na demanda aparente da China. No resto do mundo, o ICSG estima que o uso do cobre refinado caiu 2%, pressionado sobretudo por demanda mais fraca na União Europeia e nos Estados Unidos.

Os dados preliminares sugerem ainda um aparente superávit de cerca de 287 mil toneladas de cobre refinado na balança global dos cinco primeiros meses de 2023, de acordo com o grupo.

Aços planos

Dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), divulgados nesta quinta-feira, 20, mostram que as vendas de aços planos em junho contabilizaram 284,6 mil toneladas, o que representa uma queda de 6% ante o mesmo período do ano anterior.

A entidade destaca ainda que as importações de aço encerraram o mês de junho com 201,3 mil toneladas, uma forte alta na comparação anual, de 74,9%. Frente ao mês imediatamente anterior, o aumento é de 5,7%.

Quanto ao consumo, as compras do mercado brasileiro para o aço registraram queda em junho de 7% na comparação anual, em 293,5 mil toneladas. Comparado com maio, a redução é de 17,2%.

Os estoques de aço em junho atingiram o montante de 850 mil toneladas, o que representa uma alta de 1,1% ante maio. O giro de estoque fechou em 3 meses.

Previsões

O presidente-executivo do Inda, Carlos Jorge Loureiro, afirmou que espera um crescimento de 3% em julho ante junho para as vendas de aço. Mas o cenário para o segundo semestre é negativo.

A expectativa do Inda para o ano de 2023 é que ocorra uma redução nas vendas para todo o ano de 2023, na faixa de 1,5% a 2%, o que representaria em termos de volume um total de 3,69 milhões de toneladas de aço vendidas no País.

Loureiro afirmou ainda que vê uma tendência de queda nos preços da bobina laminada de aço em todo o mundo. Na China, a tonelada do produto está na faixa de US$ 449, enquanto nos Estados Unidos o material é comercializado a US$ 1.008.

A avaliação de Loureiro é que o mercado consumidor de aço enfrenta um momento desafiador em perspectiva global.

Com informações de Estadão Conteúdo (Maria Lígia Barros e Jorge Barbosa)
Imagem: Shutterstock

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