Tradicionalmente, costumamos pensar em e-commerce no mercado B2C, ou seja, a venda direta para o consumidor final. Algo natural, já que o varejo é a grande alavanca que tem feito o setor crescer mesmo na crise. Por outro lado, uma nova tendência tem sido vista por profissionais de gerenciamento de lojas virtuais: a venda entre empresas.
A possibilidade de comprar várias peças de reposição de uma só vez e ainda economizar no frete tem feito donos de pequenas e médias empresas a ver possibilidades longe de suas áreas de atuação. Ao invés de comprar sempre do mesmo fornecedor, o pequeno e médio empresário vê agora a possibilidade de comparar preços de maneira mais dinâmica e, consequentemente, agilizar toda sua cadeira de produção. Outro destaque positivo é poder encontrar peças mais raras e que não estão presentes na região. Dessa forma, o micromercado passa a ter maior variedade e opções de escolha para o cliente final.
“Temos vendido peças técnicas para diferentes locais do Brasil e, nem sempre, para o consumidor final. Tem se tornado mais comum vender para pequenos comerciantes que desejam abastecer seus estoques em suas cidades”, argumenta Renato Figueiredo, sócio-diretor do Grupo RPF e da 3R Plásticos.
A prática tem aumentado a competição entre os fornecedores, que se veem obrigados a ofertar o melhor preço possível para o comprador. Dentro deste processo B2B, até mesmo o consumidor final sai beneficiado, pois a competição pelo menor preço pode também dar um desconto no produto final.
É necessário ressaltar, porém, que em termos de volume, o B2B ainda é bem menor que o B2C. Por causa do volume de demanda, este cenário irá obviamente ser mantido nos próximos anos. Contudo, a oportunidade para pequenas e médias empresas dá a chance de otimizar tanto os balanços contábeis do negócio como também toda a logística operacional.