CEO da rede Walmart diz que tecnologia deixou lojas do grupo mais parecidas

Doug McMillon, CEO da rede de supermercados Walmart, foi outro destaque da NRF Retail’s Big Show. Entre os tópicos discutidos, talvez o que tenha chamado mais atenção foi a afirmação de que a tecnologia está, cada vez mais, criando semelhanças entre suas várias divisões de negócios globais e suas unidades pelo mundo.

Para McMillon, as melhorias nos negócios têm acontecido em parte por causa da tecnologia e acrescentou: “Em todo o mundo, as pessoas querem economizar dinheiro e tempo.”

Semelhanças não quer dizer que tudo seja igual no mundo inteiro. Naturalmente, há muitas diferenças em cada território e elas servem de inspiração umas para as outras. Por meio disso e de aquisições, como a do mercado online Jet.com em 2016, a empresa se tornou mais tecnológica.

A tecnologia não ajuda apenas a empresa a se atualizar, ela tem muitas outras funções, ajudando os colaboradores, por exemplo. “Tecnologia não responde só à performance. Também acaba com o tédio. É mais divertido para os funcionários”, considerou o CEO.

McMillon acredita que embora tecnologia seja importante, o foco continua sendo as pessoas. “Nosso negócio é de gente. Nossos clientes sentem quando nossos funcionários estão mal”.

Este foi o aspecto que chamou a atenção de Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS& Malls e colunista do Portal Mercado & Consumo. “A maior parte do tempo da apresentação do Doug McMillon, CEO do Walmart, foi para falar do foco em pessoas. Outra parte foi para dizer que em tempos tão instáveis, propósito e valores são conceitos inegociáveis”, falou.

Em termos de modelo para o e-commerce, a maior influência não vem dos Estados Unidos. “A China está fora de comparação em termos de comércio digital”, disse.

A velocidade e o modelo chineses já estão sendo utilizados pela rede de supermercados. “Atualmente, estamos aprendendo mais da China do que qualquer outro país do mundo. Nós temos um relacionamento com a JD.com – possuímos 10% – um dos negócios de comércio eletrônico de mais rápido crescimento”.

E acrescentou: “Na China você pode receber entrega por cerca de US$ 1 em 30 minutos de uma de nossas lojas”.

“Ao fazer investimentos em tecnologia e aprender a colocar inteligência artificial na loja [por exemplo], queremos que nossa gente viva isso e contribua para isso. Queremos que façam parte do processo”, afirmou.

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