Iniciativas sem acabativas – o custo de ficar na promessa

Execução

Tem coisa mais cara do que uma boa ideia que não sai do papel? Eu te digo: não tem.

Nas empresas, o que mais existe é plano bonito. Tem apresentação que parece filme da Marvel. Tem meta, tem OKR, tem slogan, tem slide com foguete, com bússola, com ponte pro futuro. Mas tem uma coisinha que falta… execução.

E aí, meu amigo, minha amiga, a coisa trava.

Estudos indicam que sete em cada dez projetos não chegam ao final. Sete! É uma verdadeira multidão de ideias espetaculares que morrem antes de ganhar o crachá. E morrem por quê? Porque falta braço, falta foco, falta método e, muitas vezes, falta coragem de cortar o que não anda.

É aqui que entra o que realmente faz diferença:

Esse combo poderoso evita desperdício, economiza o tempo da equipe e foca no que realmente interessa: resultado rápido e sustentável.

Enquanto o PowerPoint brilha na apresentação, a operação real está pegando fogo. A equipe atolada na rotina, sem ar pra respirar — quem dirá pilotar uma inovação. E é aí que a banda desafina. A inovação existe, mas vira um peso. Um ruído. Um desvio de foco.

As crises dos últimos tempos fizeram com que as empresas enxugassem seus quadros, implantando uma mentalidade de corte de custos sem fim, com espaço apenas para aquilo que é essencial à sobrevivência da operação atual.

E nesse caos corporativo que a gente conhece bem, quem pode ajudar a destravar a geração de valor? Quem chega com olhar de fora, sem o vício da casa, com método, repertório e isenção? Sim, uma boa consultoria de execução faz isso. Ajuda a tirar o plano da ficção e colocar no chão da fábrica, no campo de vendas, na mão do cliente. Com custo variável e, muitas vezes, com cláusula de retorno sobre o investimento nos contratos.

Porque, no fim das contas, o que vale não é a ideia no quadro branco. É a transformação no campo de batalha.

É o resultado que aparece no relatório. É o time que respira aliviado e performa de verdade.

Iniciativas sem acabativas são como promessas de ano novo sem janeiro: bonitas no papel, mas… você sabe.

Muitas vezes, líderes empresariais são pressionados a encontrar “a grande ideia” que vai transformar o negócio no curto prazo. E até abrem espaço para que elas apareçam. Mas, muitas vezes, o foco na execução completa de um plano aprovado, bem monitorado e com os ajustes de rota necessários pode ser o verdadeiro alicerce para transformações sustentáveis no negócio.

Então, da próxima vez que você ouvir alguém dizer “tivemos uma grande ideia!”, pergunte baixinho:
“E quem vai acabar?”

Jean Paul Rebetez é sócio-diretor da Gouvêa Consulting.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
Imagem: Freepik

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