Segundo diretor de Expansão da Cinépolis, sem experiência o cliente fica em casa

JOÃO AUGUSTO FUGIWARA - Diretor Regional da SUBWAY 2

A Cinépolis, segunda maior rede de salas de cinema do país, está com todas as suas unidades fechadas temporariamente desde 18 de março, por causa da pandemia de coronavírus. Segundo seu diretor de Expansão do Cinépolis, Adrían Aguilera, ainda não há uma data para reabertura. O executivo participou do webinar gratuito Mercado & Consumo em Alerta ao lado de Ricardo Garrido, um dos sócios da Cia. Tradicional de Comércio; João Augusto Fugiwara, diretor Regional da Subway.

A empresa, com sede no México, encerrou o ano passado com 393 salas em funcionamento no Brasil e cerca de R$ 370 milhões em vendas de ingressos, sem incluir receita com outros produtos, como pipocas e guloseimas. “Quando as salas reabrirem, não se sabe se prevalecerá no público o medo de aglomerações ou a vontade de voltar e assistir um bom filme numa sala escura”, disse o executivo.

Os cinemas não têm opção de vendas on-line e ainda sofrem com seus principais fornecedores, e aqui se encaixam os produtores de filme, que também não estão investindo nesse momento. Outro ponto negativo do setor é que mesmo com a reabertura dos shoppings centers, onde hoje estão 99% das operações do Cinepólis, os lançamentos de filmes não podem ser feitos de forma não linear. Segundo Aguilera, o segmento provavelmente será uma das últimas atividades de retorno. “Imaginamos, num bom cenário, que poderemos começar a reabrir a partir de julho, mas dependemos, além de tudo, das franquias internacionais e seus lançamentos”, explicou.

Migrações para questões mais tecnológicas, como pagamento antecipado, escolha de assentos e compra de ingressos pela internet são processo que a Cinépolis foca neste momento. Para o diretor de Expansão da rede, não adianta formatar tudo que tem sido feito se ainda não se sabe o que vem pela frente. “Preferimos estabelecer aquilo que já estávamos fazendo para que a operação retorne redonda. Nosso foco agora é continuar inovando e pensar em como agregar questões de experiência ao nosso público”, disse.

Ainda segundo Adrían, o segmento de cinemas é bastante resiliente e já sobrevive há 100 anos mesmo com a revolução tecnológica.

* Imagem reprodução

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