O Impostômetro atingiu a marca de R$ 2 trilhões em impostos pagos pelos contribuintes às 8h20 deste domingo, 21. O painel, instalado da sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no Centro da capital paulista, contabiliza em tempo real as taxas cobradas pela Prefeitura, pelo governo estadual e federal.
A marca foi alcançada 40 dias antes, em relação a 2023, o que indica um crescimento de 17,6%. O avanço foi impulsionado pelo aumento da atividade econômica, renda e emprego, além do impacto da inflação e da reintegração do PIS e Cofins nos combustíveis.
“Nós temos um sistema tributário que taxa excessivamente o consumo. Assim, na medida em que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce. Além disso, a elevação da atividade econômica tem um impacto positivo na arrecadação. Se esses dois fatores continuarem ocorrendo, que é o mais provável, a gente vai continuar tendo antecipação desse resultado de R$ 2 trilhões”, afirma Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.
O Impostômetro atingiu, pela primeira vez, a marca de R$ 2 trilhões em impostos somente em 9 de dezembro de 2015. Em julho daquele ano, o Impostômetro registrava R$ 1,1 trilhão em impostos pagos pelos brasileiros. Ou seja, um crescimento acumulado de 82% em 9 anos.
Segundo Ruiz de Gamboa, “nossa carga tributária é comparável à da Grã-Bretanha, embora nossa renda por habitante seja significativamente inferior. Portanto, pagamos uma carga tributária desproporcional ao nosso nível de desenvolvimento econômico, o que acaba por sufocar o potencial de expansão da economia.”
Imagem: Shutterstock