Ford confirma demissões; corte é de cerca de 3 mil, sobretudo nos EUA e no Canadá

Cerca de 2 mil postos são da unidade da montadora em Dearborn, Michigan

Ford

A Ford Motor confirmou nesta segunda-feira, 22, que demitirá quase 3 mil trabalhadores de suas fábricas e também funcionários sob contrato, no mais recente esforço da empresa para cortar custos, no momento em que realiza uma transição de mais longo prazo para veículos elétricos. A montadora enviou um e-mail interno nesta segunda-feira aos funcionários, ao qual o Wall Street Journal teve acesso, dizendo que os afetados serão informados nesta semana.

A redução na força de trabalho tem como alvo em sua maioria funcionários nos EUA, no Canadá e também na Índia.

Cerca de 2 mil postos são da unidade da Ford em Dearborn, Michigan.

Os outros mil trabalham em posições por contrato em outros locais, disse a empresa.

Os cortes não são inesperados. O WSJ e outros meios reportaram em julho que a montadora faria demissões, como parte de uma reestruturação mais ampla para reforçar seu foco em veículos elétricos e nas baterias que estes necessitam.

No Brasil

Na metade de maio deste ano, a Ford anunciou que fechou acordo de venda da fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo, para a construtora São José Desenvolvimento Imobiliário, a mesma que comprou dois anos atrás as instalações de São Bernardo do Campo, onde a montadora produzia caminhões.

Após anos de perdas significativas no Brasil, a Ford anunciou em janeiro de 2021 que não produziria mais no País. Hoje, os veículos da marca vendidos no mercado brasileiro são importados, principalmente, de fábricas da Argentina e do México, além do Uruguai, onde uma linha terceirizada monta a van Transit.

Além de Taubaté, onde produzia motores, a Ford fechou a fábricas que fabricavam os modelos EcoSport e Ka, em Camaçari (BA), e os jipes da marca Troller, em Horizonte (CE).

Para essas unidades, contudo, a multinacional americana ainda busca um comprador.

A justificativa para a saída da montadora do país foi a  crise gerada pela pandemia de covid-19 que atinge o mundo desde o início de 2020. Segundo a Ford, a pandemia “amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas”

Com informações de Estadão Conteúdo:

Imagem: Shutterstock

Sair da versão mobile