Greve contra montadoras nos EUA cresce e mais 5 mil trabalhadores aderem

O quadro de desaquecimento de vendas pode se prolongar até 2024

greve

O sindicato United Auto Workers (UAW) expandiu sua greve contra as principais montadoras dos EUA, paralisando operações em pelo menos 38 centros de distribuição de peças da General Motors (GM) e Stellantis em 20 Estados norte-americanos. Mais 5.600 trabalhadores aderiram à greve, além dos 13.000 que iniciaram a greve há uma semana.

A Ford foi poupada de greves adicionais porque a empresa atendeu a algumas das demandas do sindicato durante as negociações da semana passada, disse o presidente do UAW, Shawn Fain.

“Fizemos alguns progressos reais na Ford”, disse Fain, durante uma apresentação online aos sindicalistas. “Ainda temos questões sérias para resolver, mas queremos reconhecer que a Ford está mostrando que leva a sério a possibilidade de chegar a um acordo.”

“Na GM e na Stellantis, a história é diferente”, disse ele. Essas empresas, de acordo com o sindicalista, rejeitaram as propostas do sindicato de aumentos salariais, participação nos lucros e segurança no emprego.

Baixa demanda

Após dois anos de paradas forçadas por escassez de componentes, principalmente de chips, as fabricantes brasileiras de veículos voltam a interromper a produção, mas, desta vez, também por falta de consumidores. A desaceleração da atividade econômica, inflação alta e juros elevados estão frustrando as expectativas do setor e levando empresas a ajustarem os planos de produção.

Pelo menos três grandes companhias, General Motors, Hyundai e Stellantis (dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën), suspenderam linhas de produção e dar férias coletivas aos funcionários. O quadro de desaquecimento de vendas pode se prolongar até 2024, na visão de economistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, e novas paradas de fabricas devem ocorrer.

Com informações de Estadão Conteúdo 
Imagem: Shutterstock 

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