O Mercado Livre, maior empresa de comércio eletrônico da América Latina, cresceu em 2020, apesar da pandemia de coronavírus. O Mercado Pago, braço financeiro da companhia, registrou mais que o dobro das transações no segundo trimestre. A inspiração para as ações vieram da China, mais precisamente do Alibaba.
“Quando vimos o que a Ant Financial tinha feito com seu fundo de investimento, replicamos isso com nossos fundos de investimento na Argentina, Brasil e México”, contou o presidente-executivo do Mercado Livre, Osvaldo Gimenez, à Reuters.
A Ant Group é o braço financeiro do Alibaba e investiu em desbancarizados nos últimos anos, trazendo um público novo ao e-commerce.
O valor de mercado do Mercado Livre dobrou neste ano, para US$ 61,6 bilhões, embora isso ainda esteja muito longe da estimativa de US$ 250 bilhões da Ant. O fundo do Mercado Pago, que atrai poupadores a investir pequenas quantias para obterem retornos maiores do que os oferecidos por bancos, tem mais de 11 milhões de clientes, muito menos do que a Yu’e Bao. Mas há espaço para um grande crescimento.
Metade da população da América Latina não tem contas bancárias e as empresas de pagamento digital estão crescendo, incluindo participantes como o aplicativo bancário Uala e os unicórnios dLocal e Nubank. O mercado de pagamentos móveis da região deve atingir US$ 302,7 bilhões até 2025, de acordo com um relatório da consultoria PayNXT360, ante US$ 50 bilhões em 2016.
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