Apenas comércios e serviços essenciais, como padarias, mercados e farmácias, poderão abrir as portas nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e nos dias 1, 2 e 3 de janeiro. O anúncio foi feito nesta terça-feira (22) pela secretária de Desenvolvimento Econômico do governo do Estado de São Paulo, Patricia Ellen. Em nota, a Associação Comercial de São Paulo disse que as novas restrições para o varejo vão aumentar as dificuldades do setor, mas classificou-as como “necessárias”.
Bares, restaurantes, lojas de roupa e eletrodomésticos, salões de beleza e shopping centers, por exemplo, deverão permanecer fechados nas datas determinadas pelo governo. O objetivo das medidas, segundo Patricia Ellen, é conter o avanço da Covid-19. “Não estamos em situação tão crítica quanto outras regiões do Brasil, mas o nível contaminação não tem sido reduzido o suficiente”, afirmou ela.
A região de Presidente Prudente, no interior, foi reclassificada oficialmente como tendo retornado à fase vermelha do plano, a mais rigorosa. Ainda de acordo com a secretária Patricia Ellen, em janeiro nenhuma região do Estado será colocada na fase mais branda, a verde. A próxima classificação do Plano São Paulo será divulgada no dia 7 de janeiro.
A capital paulista e outras regiões do Estado avançaram para a fase verde do Plano São Paulo em outubro. No fim de novembro, no entanto, todo o Estado foi colocado na fase amarela, a segunda menos rigorosa.
“Venho a público para afirmar que as novas restrições ao funcionamento do varejo vão aumentar as dificuldades do setor, mas que, considerando a situação atual de agravamento da pandemia, fazem-se necessárias”, afirmou, em nota, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alfredo Cotait Neto.
Ele também fez um apelo “para que a população colabore, evitando aglomerações nas comemorações das festas de fim de ano, em benefício das famílias e de toda população”. “Espero também que novas restrições não sejam necessárias e que o comércio possa voltar a funcionar normalmente no menor prazo possível, pois os custos das medidas restritivas foram bastante significativos para as empresas, especialmente as menores. Estas ainda deverão suportar muitas dificuldades até que a economia retorne à normalidade”, analisou.
O presidente da ACSP e da Facesp fez, ainda, um pedido para que o governador João Doria considere a situação das empresas e de grande parte da população, suspendendo o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) previsto para entrar em vigor em janeiro, e que, segundo ele, terá um impacto significativo sobre os preços.
Imagem: Reprodução