Varejistas de luxo estão vendo os negócios prosperarem na China diante das restrições às viagens internacionais causadas pela pandemia de Covid-19. Os clientes que antes viajavam para fazer compras na Europa agora compram localmente, mostra reportagem do portal Global Retail News.
Em agosto, depois que as regras internas foram relaxadas, o transporte aéreo doméstico atingiu níveis recordes. Destinos como Hainan substituíram a Champs Elysées como fonte de marcas de luxo para os consumidores.
Desde então, as vendas no varejo voltaram a crescer na China. Em outubro, todos os segmentos estavam crescendo – exceto o de restaurantes. A atividade do país voltou aos padrões anteriores à Covid-19 em muitos aspectos. O transporte urbano está cheio de funcionários, os shopping centers e academias estão lotados e todos os cinemas estão abertos.
O setor de beleza não fica para trás. No terceiro trimestre, a L’Oréal viu as vendas saltarem 28% na China, apesar de uma queda no faturamento total de 2%. Para a Estée Lauder, o trimestre encerrado em setembro foi extremamente positivo. “No período, nosso faturamento global caiu 9%, mas, na China, estamos com um aumento entre 28% e 30%”, disse o CEO Fabrizio Freda.
As viagens domésticas impulsionaram a demanda nos aeroportos locais, e a Estée Lauder experimentou um grande crescimento na província insular de Hainan, no sul, onde o limite para compras isentas de impostos foi multiplicado por três em junho. Para a LVMH, as vendas na região da Ásia cresceram 13% no trimestre encerrado em setembro.
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