Vestcasa evita descarte de mais de mil toneladas de plástico com venda de produtos sem embalagem

A iniciativa reduziu em 70% os preços dos itens em alguns casos

Vestcasa evita descarte de mil toneladas de plástico com venda de produtos sem embalagem

A Vestcasa, varejista do segmento de cama, mesa e banho, passou a comercializar produtos sem embalagens plásticas ou caixas de papelão, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental de suas operações. A estratégia reduziu os preços dos produtos em 70%, correspondendo ao valor da embalagem em muitos casos. Com isso, a marca visa democratizar o acesso para os clientes, além de contribuir para a redução dos resíduos.

“Existe o custo de colocar o item dentro da embalagem. O aumento da cubagem do volume impacta diretamente no aumento do custo logístico e de transporte, além do armazenamento. Sem levar em consideração, os gastos do projeto da embalagem, dos componentes da embalagem e do processo de produção da embalagem”, explica o fundador da Vestcasa, Ahmad Yassin.

Com a venda de produtos sem embalagens, a empresa prevê evitar o descarte de mais de mil toneladas mensais de resíduos no ambiente. Após a adoção dessa prática, a marca comercializou cerca de 120 mil lençóis, todos sem embalagens. No entanto, caso o cliente deseje levar os produtos em sacolas plásticas, a Vestcasa as vende separadamente, desencorajando o uso de plástico por parte dos consumidores.

Produção de lixo

De acordo com o Fundo Mundial da Natureza (WWF), o Brasil está entre os cinco maiores produtores de lixo do mundo. Em 2022, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) apontou que o país gerou 81,8 milhões de toneladas de resíduos, sendo que apenas 4% foram reciclados.

Diariamente, o Brasil produz mais de 224 mil toneladas de lixo, sendo que um quinto desse total é composto por embalagens de produtos, conforme publicação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). O principal desafio está nas embalagens plásticas, que levam cerca de 400 anos para se decompor na natureza, enquanto papel e papelão levam de três a seis meses.

Imagem: Divulgação

Sair da versão mobile