O que você quer ser quando crescer? Com as grandes expectativas de mudanças no mercado de trabalho com a introdução de novas tecnologias, era de se esperar que os jovens tivessem novas respostas para essa pergunta. No entanto, a maioria deles no mundo todo possui aspirações profissionais muito parecidas e concentradas em apenas dez carreiras.
O estudo “Dream Jobs? Teenagers’ Career Aspirations and the Future of Work”, divulgado ontem (22) no Fórum Econômico Mundial de Davos, aponta que 53% das meninas e 47% dos meninos de 15 anos em 41 países desejam entrar em uma de apenas 10 carreiras diferentes até completarem 30 anos.O relatório compara dados de 20 anos do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), realizado pela OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico).
De acordo com a análise, o crescimento da concentração de interesse em certas carreiras, em sua maioria criadas no século 20, está relacionada à falta de orientação vocacional nos países e pode mostrar a criação de expectativas irreais entre os jovens.Assim, é possível que os sinais de mudanças no mercado de trabalho não estejam alcançando a próxima geração de profissionais.
As carreiras mais populares, como médicos, professores e advogados, tem pouco risco de serem extintas, porém a pesquisa indica que 39% do cargos indicados pelos participantes do PISA, além do top 10, correm risco de serem automatizados nos próximas 10 a 15 anos.
Para Guilherme Baldacci, sócio-diretor da Friedman, aautomatização das profissões, acabando com os sonhos de carreira de muitos jovens, é uma excelente oportunidade para o varejo. Segundo ele, esse é um dos setores que mais gera oportunidade de trabalho e é feito por pessoas, para pessoas e com pessoas.
“Nos Estados Unidos, onde temos o maior mercado de varejo do Mundo, 1 em cada 4 trabalhadores está empregado no varejo. O desafio dos varejistas, nos quatro cantos do mundo, está em ampliar a visão dos jovens sobre como trabalhar no varejo é uma excelente oportunidade de fazer carreira. É interessante como poucas crianças dizem querer ser vendedores do varejo, mas muitos jovens têm suas primeiras experiências profissionais no “chão de loja”, explica o executivo.
Com informações do portal Exame
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