A Accenture está cortando 19 mil empregos, ou 2,5% do seu quadro de funcionários, visando reduzir custos e simplificar operações. A empresa disse que a maioria dos funcionários a serem afetados são de funções corporativas não faturáveis.
A companhia também está fundindo alguns dos seus escritórios, disse o CFO KC McClure em uma conferência com analistas nesta quinta-feira, 23.
A Accenture, que oferece vários serviços corporativos, afirmou que espera que seu plano de otimização de negócios custe cerca de US$ 1,5 bilhão, a maior parte proveniente de demissões de funcionários durante o restante deste ano fiscal atual e do ano fiscal de 2024.
Os cortes da Accenture se somam à onda de demissões nos últimos meses relacionada às empresas de tecnologia, de manufatura e de outros setores que procuram cortar custos em meio à incerteza sobre o aumento das taxas de juros, inflação persistente e outros desafios econômicos.
A medida vem depois de a empresa divulgar um aumento de 5% na receita trimestral e ganhos acima do esperado.
9 mil demissões na Amazon
Além da Accenture, nesta semana a Amazon anunciou que demitirá mais de 9.000 funcionários, após ter afirmado anteriormente que cortaria 18.000 posições. “Dada a economia incerta em que residimos e a incerteza que existe no futuro próximo, optamos por ser mais simplificados em nossos custos e número de funcionários”, disse o CEO da empresa, Andy Jassy, em um comunicado na segunda-feira, 20.
Jassy disse que os 9.000 cortes adicionais de empregos não foram anunciados antes porque algumas equipes não haviam concluído as avaliações que determinavam quais cargos precisavam ser eliminados.
Em apresentação de resultados realizada pela Amazon em fevereiro, a companhia reportou US$ 149,2 bilhões em vendas nos três meses encerrados em dezembro, que incluiu a temporada de compras natalinas, um aumento de 9% em relação ao ano anterior.
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