Brasil e outros países da América Latina pedem para FMI apoiar a Argentina

O país vem exigindo uma mudança nas metas acordadas em 2022 para refinanciar a dívida contraída em 2018 por US$ 45 bilhões

Argentina

Os líderes do Brasil, México, Colômbia, Chile, Bolívia e Paraguai pediram ao presidente dos EUA, Joe Biden, que apoie a Argentina em seu pedido ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para alterar as condições de refinanciamento do empréstimo vigente de US$ 45 bilhões para evitar a inadimplência do país sul-americano.

Em carta divulgada nesta quinta-feira, 22, pelo Itamaraty, Lula e os outros presidentes, maioria de centro-esquerda, consideram “possível encontrar uma solução consensual” que permite à Argentina superar a complexa situação econômica. “Não é viável e nem desejável que as demandas que não considerem devidamente a mudança de circunstâncias mergulhem a Argentina em uma crise desnecessária”, afirma o texto.

A Argentina vem exigindo do FMI uma mudança nas metas acordadas em março de 2022 para refinanciar a dívida contraída em 2018 por US$ 45 bilhões. O governo de Alberto Fernández mantém como principal argumento que o impacto da pior seca em um século afetou as exportações de grãos e privou o país de US$ 20 bilhões.

Com menores receitas de exportação, o nível das reservas internacionais contraiu e afetou a margem de manobra do Banco Central para intervir no mercado de câmbio. A desvalorização do peso argentino no ano passado impactou os preços e superaqueceu a inflação, que nos últimos três meses ultrapassou 7% ao mês.

Investimentos da Ford

A Ford anunciou o investimento de US$ 660 milhões para fabricar a nova geração do modelo Ranger na Argentina. Os recursos serão destinados à “completa transformação” da planta da empresa na cidade de Pacheco, para aumentar a capacidade de produção dos carros e de baterias para equipar o novo modelo.

O anúncio contou com a participação do ministro da Economia argentino, Sérgio Massa, que nas últimas semanas tem lançado iniciativas para auxiliar a recuperação econômica do país.

Segundo comunicado do governo argentino, o projeto da Ford irá exportar pelo menos 70% da sua produção para a América do Sul. A nota também explica que o plano foi desenvolvido sob a Lei de Promoção de Investimentos na Indústria de Autopeças Automotivas, que busca promover o aumento da integração das autopeças locais e uma maior inserção internacional do setor para aumentar as exportações argentinas.

Com informações de Associated Pres

Imagem: Shutterstock

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