Varejo está entre os 12 setores sob risco global de perda de lucratividade

O estudo da KPMG busca ajudar as organizações no alinhamento dos perfis de riscos com empresas similares por setor

Varejo está entre os 12 setores sob risco global de aumento de preços por produto ou serviço

O varejo lista entre 12 setores da economia brasileira sob risco financeiro e operacional, em razão de fatores já existentes ou emergentes, que podem elevar o preço de um produto ou serviço, reduzindo a lucratividade. O estudo foi realizado pela KPMG com o objetivo de ajudar as organizações no alinhamento dos perfis de riscos com empresas similares por setor e promover a avaliação e a gestão dos problemas com alto potencial para o segmento.

Segundo o estudo, os principais riscos para o varejo são os seguintes:

  1. Lucratividade e liquidez: empresas varejistas utilizando cada vez mais o comércio eletrônico para vender produtos em promoção ou com descontos; desafios maiores em relação ao desempenho do negócio em gerar o fluxo de caixa esperado.
  2. Estratégia: adoção de novos modelos de negócio; o comércio eletrônico, os marketplaces e a conversão de lojas com foco em desconto impactam a visão tradicional dos varejistas; investimentos em robôs e automações.
  3. Produção e operação: risco resultante da interrupção de atividade causada por sindicatos, greves e paralisações; qualidade e segurança dos produtos e riscos de quebra de estoque.
  4. Cliente: as taxas de devolução de produtos nas compras feitas online são mais frequentes do que em lojas físicas, além de maior incidência de fraudes; declínio dos gastos dos consumidores.
  5. Conformidade: restrições sobre as condições comerciais, políticas e de distribuição do País; novas relações comerciais; mudanças em regulamentações, reforma tributária.
  6. Reputação e ética: ameaças associadas à manutenção de altos níveis de qualidade de produtos e serviços; aumento dos riscos reputacionais devido às redes sociais e à internet.
  7. Crescimento e concorrência: aumento das pressões para atender à demanda e às tendências dos clientes; competição globalizada e diversificação das ofertas de serviços.
  8. Saúde, segurança e meio ambiente: mudanças climáticas e desastres naturais; incapacidade de alcançar as metas ESG nos três pilares; pressão para atender às normas de segurança.
  9. Tecnologia: aumento de ataques e ameaças cibernéticos; a adoção de tecnologias digitais requer novas habilidades e funcionários cada vez mais capacitados, com necessidade constante de reciclagem e atualização tecnológica.
  10. Sociedade e pessoas: o êxito da organização depende dos esforços contínuos dos principais colaboradores; responder às necessidades dos clientes, considerando as diferenças de expectativas que cada geração apresenta.

“As organizações que utilizam a gestão de riscos corporativos com o objetivo de identificar, avaliar, monitorar e priorizar as ameaças que possam comprometer a lucratividade estão adotando medidas de prevenção de crises para empresas, colaboradores e partes envolvidas. Diante desse cenário, o levantamento destaca a importância de ter uma visão voltada para o futuro e investir em tendências inovadoras para cada setor”, analisa Fernando Lage, sócio-líder de governança, risco e compliance da KPMG no Brasil.

Fernando Gambôa, sócio-líder para o setor de consumo e varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul, a gestão de riscos corporativos deve fazer parte do dia a dia dos varejistas. “O segmento é muito dinâmico, com um histórico de forte concorrência entre os participantes e com clientes cada vez mais exigentes, uma vez que temos um ambiente onde gerações muito diferentes convivem e esperam que suas expectativas sejam atendidas e até superadas”, complementa o executivo.

Imagem: Shutterstock

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