Alckmin e vice de Comissão Europeia se reúnem e mostram otimismo com acordo Mercosul-UE

A expectativa é que o tratado possa ser concluído ainda neste ano

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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se reuniu na manhã desta quarta-feira, 23, com o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis. Segundo o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os dois se mostraram otimistas com o avanço das discussões sobre o acordo de livre comércio entre o Mercosul e o bloco europeu. A expectativa é que o tratado possa ser concluído ainda neste ano.

Na reunião, Alckmin reiterou o compromisso do Brasil de trabalhar pela conclusão do acordo e ressaltou que as ações do governo brasileiro com a pauta da sustentabilidade colocam o País como um dos líderes mundiais da descarbonização, informou o MDIC.

“Alckmin destacou, por exemplo, o fato de o País ter uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e citou medidas de proteção das florestas”, afirmou a pasta.

A reunião bilateral faz parte de uma série de encontros com representantes internacionais que o ministro tem nesta semana, a maioria agendada para esta quarta-feira.

De segunda a quinta, Brasília é palco de encontros da área de comércio e investimentos do G20, discussões que culminarão numa reunião de ministros de Comércio do grupo na quinta-feira, liderada por Alckmin.

Presidente da França está contra o acordo

No início deste mês, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que não pode apoiar a proposta de acordo do Mercosul com a União Europeia, porque seria prejudicial para a produção interna francesa, sobretudo a agricultura e a indústria local.

De acordo com o presidente do país europeu, a prioridade número um de seu governo é impulsionar a atividade, e um acordo com o Mercosul prejudicaria as metas de crescimento da França.

O tratado foi assinado pelos blocos em 28 de junho de 2019, mas ainda necessita ser ratificado. Ele esteve próximo de um desfecho em 2023, mas encontrou resistência por parte do presidente Macron, que alegou riscos de uma invasão de alimentos exportados pelos países sul-americanos para a Europa.

Nos últimos meses, produtores rurais de ao menos sete países (Alemanha, Bélgica, França, Grécia, Itália, Romênia e Polônia) fizeram protestos contra acordos de livre comércio com países fora do bloco.

Com informações de Estadão Conteúdo (Amanda Pupo)
Imagem: Shutterstock

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