Varejo digital fatura R$ 33 bi no segundo trimestre

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A pandemia e o isolamento social trouxeram efeitos negativos para a vida de grande parte dos brasileiros: sob a ótica da economia, a falta de mobilidade social “quebrou” muitas companhias, sem perspectivas claras de retomada. Na contramão desse cenário, empresas de tecnologia crescem cada vez mais – o que, dentro do varejo, tem seu equivalente claro com o sucesso do e-commerce.

Longe de ter motivos para se preocupar com falta de dinheiro, o setor faturou R$ 33 bilhões no segundo trimestre deste ano, mais do que o dobro da cifra registrada no mesmo período do ano passado (ao todo, o crescimento foi de 104,2%). O resultado foi apurado pela Neotrust/Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce e aceleradora de negócios digitais do T. Group, holding que centraliza todos os negócios originados com a ClearSale, e apresentado no relatório homônimo, apresentado trimestralmente pela companhia com foco total no varejo eletrônico do país.

Sem sair de casa, brasileiros buscaram ao máximo itens utilizados em seu dia a dia na internet. O conforto de consumir com apenas alguns cliques ganhou popularidade e 82,8 milhões de pedidos foram realizados nesse período – aumento de 112,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

O “boca a boca” a respeito das facilidades de comprar on-line foi tão grande que fez 23,6 milhões de pessoas comprarem pelo menos um item durante os meses de abril a junho, volume 82,1% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Desse total, 5,70 milhões de pessoas ingressaram no e-commerce pela primeira vez – ou seja, quase um quarto dos consumidores do período foi formado por brasileiros que nunca haviam comprado online.

O aumento significativo das vendas via e-commerce também impacta diretamente os números da fraude no setor, aponta levantamento da ClearSale, também presente no relatório trimestral. Nos seis primeiros meses do ano, foram mais de R$ 765 milhões em fraudes evitadas. O valor, apesar de ser 63,5% superior aos prejuízos evitados no e-commerce no mesmo período de 2019, é inferior ao aumento das vendas pelo canal no cenário de pandemia e restrição da circulação de pessoas nas ruas. Ou seja, as vendas boas crescem mais do que as tentativas de fraude.

Na quebra por regiões, a Norte é a que teve maior índice de tentativas de fraude no período, com 3,44%. Em seguida, a região Nordeste aparece no ranking com 2,17%, praticamente empatada com a Centro-Oeste, que ficou com 2,13%. As regiões Sudeste, com 1,25%, e Sul, com 0,79%, foram as que apresentaram os menores índices.

* Imagem reprodução

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