IDV projeta aumento nominal nas vendas do varejo para novembro e os próximos dois meses

Entre os setores medidos, apenas o de material de construção apresentou variação negativa

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O varejo deve registrar crescimento de 4,3% em novembro e de 2,2% em dezembro, na comparação com os mesmos meses do ano anterior. Para janeiro de 2023 há projeção de crescimento nominal de 4% em relação a janeiro de 2022. As projeções são do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo), elaborado com base nas projeções feitas pelas empresas associadas do instituto e apurado pela EY. Elas levam em consideração os mesmos períodos do ano anterior, já descontado o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) projetado.

O índice em 12 meses deve fechar o ano com crescimento de 12,3%. “O cenário complexo vem melhorando nos últimos meses, mas os desafios se mantêm, como o aumento do PIB, o controle da inflação, esperados para 2022; a redução da Selic e a estabilização do câmbio em 2023”, afirma Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV.

Quando descontado o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), porém, o índice projeta retração de 1,0% para novembro, 3,6% para dezembro e 6,4% para janeiro de 2023, também sempre comparado com os mesmos meses do ano anterior.

Por setores

Entre os setores medidos, apenas o de material de construção apresentou variação negativa em outubro, com retração de 5%. Os outros cinco segmentos apresentaram variação positiva: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (20,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,7%), tecidos, vestuário e calçados (10,8%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,2%) e moveis e eletrodomésticos (8,0%).

Em relação às projeções nominais por setor, destaque para móveis e eletrodomésticos, que apresenta projeção positiva para os próximos três meses (8,7% em novembro, 5,5% em dezembro e 3,6% em janeiro), após ter apresentado retração nas últimas seis medições. O setor de material de construção apresenta projeção de queda em novembro (-4,6%), mas alta de 2,0% em dezembro e 11,0% em janeiro.

O setor de hipermercados, super, alimentação e bebidas apresentou projeção de 3,4% em novembro e, pela primeira vez no ano, uma retração de 5,3% para dezembro.

Os demais setores apresentam variações positivas para novembro, dezembro e janeiro: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (13,8%, 9,8% e 14,5%, respectivamente), outros artigos de uso pessoal e doméstico (24,9%, 23,1% e 12,4%, respectivamente) e tecidos, vestuário e calçados (17,4%, 18,6% e 9,0%, respectivamente).

Imagem: Shutterstock

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